Hospital São Carlos promove evento sobre AVC para profissionais da saúde
Iniciativa busca reduzir tempo de resposta dos municípios na identificação dos casos

Capacitar os profissionais de saúde para um primeiro atendimento ágil e eficaz em casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) foi o objetivo do Hospital São Carlos ao promover um evento gratuito para esse público, nesta sexta-feira, 24 de outubro. A instituição dispõe de um Centro de AVC que é referência em atendimento para 12 municípios da Serra Gaúcha. A rapidez na identificação dos casos e o pronto encaminhamento para o hospital é essencial para a recuperação do paciente. Em casos de AVC, busca-se seguir a premissa “tempo é cérebro”, de forma a minimizar os danos e reverter perdas neurológicas.
Popularmente conhecido como “derrame”, o AVC é o entupimento dos vasos que levam sangue para o cérebro, provocando danos que afetam funções como os movimentos, fala, visão e pensamento. Essa condição pode deixar sequelas ou até levar o paciente a óbito. O AVC se divide em dois tipos: isquêmico, quando um vaso é bloqueado por coágulo, ou hemorrágico, quando um vaso se rompe, causando hemorragia cerebral. Desde 2019, segundo a Sociedade Brasileira de AVC, esse problema é a principal causa de mortes no Brasil e uma das principais no mundo.
Conforme Anderson Nunes, gerente de Enfermagem do Hospital São Carlos, os AVCs isquêmicos e hemorrágicos têm tratamentos completamente diferentes, precisando ser bem identificados para uma rápida resposta. O isquêmico é tratado com medicação que, se ministrada em alguém com AVC hemorrágico, pode levar a óbito. “Nós somos referência para o tipo de AVC isquêmico. No entanto, toda suspeita de AVC deve ser encaminhada ao hospital para identificar se houve rompimento de vaso sanguíneo ou não, direcionando para o tratamento correto”, explica.
Agilidade é primordial
Segundo Nunes, dois tempos são essenciais para esse controle: o da chegada do paciente ao hospital e o da entrada no hospital até o exame de imagem e a administração do medicamento, caso seja elegível. O tempo máximo da chegada ao hospital até a realização de exames de imagem é de 40 minutos, enquanto o início da medicação deve ocorrer em até uma hora. No São Carlos, essa meta é atingida, gerando uma média de 52 minutos até o início da medicação. O objetivo do evento foi aprofundar o tema para reduzir o tempo desde a identificação dos sintomas até a chegada ao hospital, que deve ser no máximo de 4,5 horas.
- O encontro promovido pelo São Carlos trabalhou assuntos como o protocolo de fonoaudiologia, protocolo de fisioterapia, enfermagem, avaliação inicial e escalas clínicas, tratamento da fase aguda do AVC isquêmico, investigação etiológica e prevenção secundária, bem como os tempos máximos de atendimento.
O hospital é referência no Centro de AVC para:
- Alto Feliz
- Antônio Prado
- Bom Princípio
- Farroupilha
- Feliz
- Flores da Cunha
- Ipê
- Nova Pádua
- Nova Roma do Sul
- São Marcos
- São Vendelino
- Vale Real
Protocolo SAMU: saiba identificar
Para identificar corretamente um AVC é possível seguir um protocolo SAMU: Sorriso, Abraço, Música e Urgência.
- O primeiro passo é pedir para a pessoa sorrir, verificando se apresenta assimetria no rosto.
- Em seguida, pede-se para a pessoa levantar os braços – em caso de AVC, pode haver perda de força nos membros.
- Na fase da Música, solicita-se que o paciente cante um refrão ou repita uma frase, uma vez que dificuldades na fala são sintomas de AVC.
- Por fim, a Urgência, que prevê que se busque atendimento emergencial, chamando o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) pelo telefone 192, a fim de garantir pronto encaminhamento ao hospital.
Atenção: O socorro já deve ser chamado se apenas um dos sintomas anteriores for identificado.




