A beleza do Salto Ventoso salta aos olhos
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Sérgio Almeida
sjcalmeida14@gmail.com

Desestressar é permitir que corpo e mente recarreguem suas energias, restaurando equilíbrio e clareza para enfrentar a vida com leveza e vitalidade. A Marta, minha esposa e cabeleireira dedicada, tem um lugar especial para isso: o Salto Ventoso, também conhecido como Parque Salto Ventoso, uma das joias naturais de Farroupilha, no coração da Serra Gaúcha.
No domingo, fomos juntos até lá. Caminhamos pelo parque e visitamos um dos pontos que mais me fascinam: as ruínas, onde dizem ter existido uma tribo indígena em tempos longínquos. Fico imaginando os índios vivendo ali, em perfeita harmonia com a natureza, num cenário paradisíaco — o tipo de lugar em que qualquer um gostaria de construir uma casa, nem que fosse apenas para os fins de semana.
Seguimos até a cachoeira, que naquela manhã mostrava toda a sua força: a queda d’água era tamanha que respingava nos turistas, como se a natureza quisesse cumprimentar cada um deles com seu frescor.
Mais adiante, estendemos um cobertor na grama, à beira do pequeno rio que passa sob a charmosa ponte de madeira.
- Ali, tomamos chimarrão, deixamos o tempo correr devagar e jogamos conversa fora — sem pressa, sem hora, apenas vivendo o momento.
Curiosamente, o Salto Ventoso já foi cenário de filmes e novelas, tamanha sua beleza cinematográfica. Entre eles, destaca-se o premiado longa-metragem “O Quatrilho”, baseado no livro homônimo de 1985 de José Clemente Pozenato, indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro no fim da década de 1990. Eu assisti ao filme, que tem Glória Pires, como Pierina — protagonista de uma das cenas mais emblemáticas do longa, o banho de cachoeira — e Patrícia Pillar, como Tereza.
É fácil entender o motivo de a Marta gostar tanto daquele lugar: ali, cada ângulo parece feito para uma câmera — e cada visitante, além de desacelerar e aliviar o estresse, sai com a certeza de que a beleza do Salto Ventoso salta aos olhos de quem se deixa encantar.
