A Regra do Impedimento

“Cada adversidade, cada fracasso, cada dor de cabeça carrega consigo a semente de um benefício igual ou maior.”  Napoleon Hill

“Cada adversidade, cada fracasso, cada dor de cabeça carrega consigo a semente de um benefício igual ou maior.”  
Napoleon Hill

O impedimento ou fora-de-jogo é uma das regras mais complexas do futebol, porque envolve tanto o conceito de posicionamento em campo quanto a capacidade de avaliação por parte do árbitro da influência que um jogador pode exercer em um lance. Geralmente os fatores objetivos desta regra envolvem centímetros e frações de segundo que podem alterar por completo o resultado da partida,  fazendo assim o assunto um dos mais polêmicos futebol.

É comum ouvir que o futebol imita a vida em muitos dos seus aspectos, sejam individuais e coletivos, positivos e negativos. Exemplos de superação e vitórias impossíveis, conquistas épicas aos estilo David e Golias, mas, também escândalos e fraudes como a compra de árbitros e campeonatos inteiros fraudados. Quem ama e segue esse esporte já vibrou e sofreu com o que acontece no campo e fora dele também.

A regra do impedimento tem seus aspectos básicos previstos na lei número 11 das leis do futebol. No entanto, como acontece com as outras regras do jogo, sua aplicação depende do conhecimento das práticas de arbitragem que se foram construindo ao longo da história deste esporte, numa espécie de “jurisprudência” que foi sendo incorporada na forma de aperfeiçoamento das regras.

A lei do impedimento foi regulamentada por primeira vez no ano de 1863, quando foram feitos os primeiros regulamentos oficiais da história do futebol. Com o objetivo de organizar, dinamizar e evitar que as partidas fossem jogadas de qualquer maneira. Alguns especialistas à época, porém, consideravam o impedimento uma regra inútil que apenas atrapalharia o espetáculo do futebol. Entretanto, essa alteração demonstrou incrementar o dinamismo da partida e aumentar a participação do trabalho em equipe. O que de fato aconteceu, as partidas acabaram ficando mais movimentadas e a quantidade de gols aumentou vertiginosamente.

Comparar a política com o futebol é empobrecer demais o real valor dela, mas, não deixa de ser uma boa analogia no sentido da importância da obediência das regras e sua influência nos resultados e na satisfação ou frustração do público. A política jamais deveria ser entendida como um jogo onde se disputa o poder a custa de uma vitória e uma derrota, pois, os objetivos são outros. Aliás, os candidatos não ganham ou perdem uma eleição, sim, são eleitos ou não. Seus pontos de vista deveriam ser debatidos e, ao invés de desentendimentos, gerar harmonização e conquista comum.

Como todavia não há esse entendimento e  a disputa é acirrada para a satisfação dos egos inflados do time A ou B, as leis e regras devem ser muito bem aplicadas. Não interessa o argumento,  se quis tirar vantagem, fazer o gol, se achar o cara e correr pra torcida, mas, não observou a linha do impedimento,  o juiz viu e os auxiliares  confirmaram a infração, a jogada será anulada e o jogador impedido. Se não fosse assim, o jogo que seria sério e bacana, se transforma numa desgostosa e desrespeitosa “pelada de várzea”.