Palavras, parte 2

No dia 16 de maio de 2016 foi publicada minha primeira crônica no Jornal O Farroupilha. Aniversário de quatro anos

No dia 16 de maio de 2016 foi publicada minha primeira crônica no Jornal O Farroupilha. Aniversário de quatro anos neste espaço, dividindo com você um pouco da forma como enxergo o mundo.

Muitas vezes as palavras contaram o meu cotidiano, recheado de fatos nos quais as protagonistas são minhas filhas – tema que sempre rende para mim. Outras palavras mostraram a atenção às notícias marcantes, expressando a concordância ou a indignação embutida em cada assunto. Embora o espaço seja de crônica, também já me arrisquei em contos, carregados de elementos distantes do dia a dia. Mas em todos eles, nunca deixei de passar a mensagem que eu queria passar.

Ganhei leitores. Muitos. Pessoas que me param nas ruas para um comentário ou outro. Mensagens enviadas em redes sociais, em aplicativos. Gente que se identifica com o estilo de texto, com as ideias, comigo.

Das crônicas nasceram outros convites e o horizonte se ampliou, acenando diversas possibilidades. Nada é por acaso. Conheci jovens interessados e interessantes, fiz muitas amizades. Tudo proporcionado pelo gênero de texto que tanto gosto.

Se existe uma palavra que resume estes quatro anos, ela é: GRATIDÃO. Agradeço a todos vocês, leitores assíduos e outros esporádicos.

Dizem que o número 4 é perfeito. Perfeito mesmo é ter a liberdade de traduzir a vida em palavras. Exatamente o assunto da primeira crônica aqui.

Palavras (texto de 16/5/2016).

Quando eu soube que teria mais um espaço para me expressar neste veículo, logo apareceu a preocupação: escrever sobre o quê? Fui questionada e a resposta foi “vida”. Genérica, que me possibilita inúmeros temas, nos quais posso abusar do que amo, as palavras.

Tudo na vida pode ser traduzido em palavras. Tem aquela história de que uma imagem fala mais que mil palavras… Verdade. Mas elas são necessárias. Elas falam tanto, que até quando faltam podem ser interpretadas.

Saber usá-las é uma arte. De forma verbal, escrita, corporal, tanto faz. Elas têm poder para tudo. Unem, afastam, destroem, conquistam, seduzem.

Às vezes, a solução está nelas. Marisa Monte, por exemplo, mostrou isso com muita criatividade na música “Diariamente”. “Para saber a resposta: vide o verso”.

Palavras são quase tudo. Acompanhadas por gestos ganham ainda mais força!  Não vivo sem elas, ainda que as receba de forma escassa, vez ou outra. Uma palavra, dependendo da situação, basta. Ter palavra é fundamental.
Procuro ter palavra em todas que ecoam em mim. Desejo que algumas delas encontrem solo fértil em você e germinem, de alguma forma. Que não sejam apenas palavras ao vento. Palavra de honra.