Você e a Bíblia – Capítulo 38: Fazedores de milagres

Muitos estudiosos céticos ateus utilizam como uma de suas estratégias a busca de comparações entre Jesus Cristo e outras pessoas

Muitos estudiosos céticos ateus utilizam como uma de suas estratégias a busca de comparações entre Jesus Cristo e outras pessoas da antiguidade, no intuito de desmerecer Jesus ou como tentativa de mostrar que as suas declarações não foram únicas. O objetivo desses estudiosos ateus, claro, é convencer pessoas de que a Bíblia Sagrada e os seus evangelhos não são verdadeiros.

Lee Strobel, na sua quinta entrevista descrita no livro “Em Defesa de Cristo”, fez questionamentos a Gregory A. Boyd, PhD, autor de vários livros como “Cynic sage or son of God? Recovering the real Jesus in an age of revisionist replies” (Um sábio cínico ou filho de Deus? Resgatando o Jesus verdadeiro em uma época de réplicas revisionistas.), “Jesus under siege” (Jesus sob cerco), “Letters from a skeptic” (Cartas de um cético), “God at war: the Bible and spiritual conflict” (Deus em guerra: a Bíblia e o conflito espiritual). Boyd formou-se em Filosofia pela Universidade de Minnesota, cursou mestrado em teologia, graduando-se com louvor na Yale University Divinity School e doutorou-se com louvor pelo Seminário Teológico de Princeton. Foi um grande estudioso da Bíblia Sagrada.

Em seu livro, Lee destaca que perguntou a Boyd: “Houve rabinos no passado que faziam exorcismos, que oravam pedindo chuva, e chovia. Portanto, para alguns acadêmicos, Jesus foi mais um judeu fazedor de milagres. Deve-se acreditar nisso?”. Boyd respondeu: “Na verdade, os paralelos desmoronam rapidamente depois de um exame mais minucioso. Em primeiro lugar, a centralidade do sobrenatural na vida de Jesus não tem paralelo algum na história judaica.”.

E continuou: “Em segundo lugar, a natureza radical de seus milagres distinguem-no dos demais. Não foi só uma chuva que caiu quando ele orou; estamos falando de gente que foi curada de cegueira, surdez, lepra e escoliose, de tempestades que foram reprimidas, de peixes e pães que foram multiplicados, de filhos e filhas ressurretos dos mortos. Essas coisas não têm paralelo.”.

E seguiu: “Em terceiro lugar, o que mais distingue Jesus é a forma como realizou milagres pela sua autoridade. É ele quem diz, em Mateus 12:28: “Na verdade é pelo poder de Deus que eu expulso demônios, e isso prova que o Reino de Deus já chegou até vocês”, referindo-se a si mesmo. E mais, em Lucas 4:18: “Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos”. Ele dá a Deus o crédito pelo que faz, mas nunca pede a Deus Pai que faça o que quer que seja: ele age pelo poder de Deus Pai. É algo sem paralelo.”. 

E ainda: “Isso só reforça a maneira diferente como Jesus falava sobre si mesmo, conforme Mateus 28:18: “Deus me deu todo o poder no céu e na terra”; João 5:23: “… a fim de que todos respeitem o Filho, assim como respeitam o Pai”; Mateus 24:35: “Os céus e a terra desaparecerão, mas as minhas palavras ficarão para sempre”. Em nenhum lugar você encontra rabinos com esse tipo de discurso.”. Após ouvir isso, Lee disse: “Mas aonde o senhor quer chegar?”. E Boyd respondeu: “Qualquer paralelo com rabinos e demais fazedores de milagres é um exagero muito grande.”.