Adolfo

Nasceu Adolfo. Felizmente para sua família.  Foi o quarto filho de uma prole, único a sobreviver. Sem misericórdia, que deusnosperdoe,

Nasceu Adolfo. Felizmente para sua família.  Foi o quarto filho de uma prole, único a sobreviver. Sem misericórdia, que deusnosperdoe, para bem da humanidade, não deveria ter permanecido vivo. Os outros três irmãos faleceram prematuramente. Imagina-se os quatro vivos. Mais tarde, quando Adolfo se tornou homem, infelicidade, flagelo para a espécie humana. Filho de pai repressor, Adolfo recebia castigos violentos. Coitado. Naquele tempo, é bom frisar, as sanções impostas tinham como objetivo reprimir condutas consideradas incorretas, como também ter finalidades educativas e disciplinares. Presume-se que os atos sofridos pela  violência doméstica, despertaram em Adolfo, um espírito maligno quando adulto.

Começou os estudos. Nos primeiros anos, séries primárias, foi um bom aluno. Como adolescente fracassou nas séries secundárias. Como todos os meninos de sua faixa etária apreciava livros de aventuras. Adolfo tinha como preferência os calhamaços que serviam de paradigma, padrão para atividades militares. Com parcos resultados nos estudos, consequentemente reprovações, abandonou as salas de aula. Mais tarde, com o desejo de seguir a arte da pintura tentou por duas vezes ingressar na academia de Belas Artes. Nas duas oportunidades foi reprovado. Aos 30 anos, sem maiores conhecimentos, de medíocre instrução, seu futuro não era promissor. Entretanto tinha uma virtude, a qualidade de ser excelente comunicador. Eloquente, expressava-se com desenvoltura, propiciando facilmente a persuasão. Bom orador, de excelente retórica, convincente e ardiloso, descobriu a capacidade em ser político.

A República de Weimar na época, hoje a conhecida Alemanha, afundou em grave crise econômica como resultado de sua aventurosa participação na primeira grande guerra. Indústria e comércio falidos, milhões de desempregados. Entre janeiro de 1922 e dezembro de 1923, a hiperinflação foi implacável, a taxa acumulada foi de 1 bilhão por cento. Queimar dinheiro não tinha a menor importância. Adolfo, já encaminhando sua carreira política aproveitou-se da situação. Reformulou e reorganizou o pequeno Partido Nacional dos Trabalhadores Alemães, chamado também de Partido Nazista caracterizado ideologicamente de extrema direita. Com seu discurso radical atraiu um grande número de seguidores, adeptos, correligionários, militantes, tudo isso proporcionado pelo estado de profundo desânimo, desencanto proveniente de uma crise insustentável e o desejo desesperador por mudanças. Adolfo prometia vida melhor ao desesperançados, uma nova e gloriosa Alemanha. Esteve preso durante oito meses, período em que escreveu “Minha Luta”, um texto claramente sobre dogmas, iniciação a doutrina Ali estavam expostos os fundamentos de uma mente perturbada, tresloucada: conceitos nacionalistas a sua maneira, o prefixo “anti” que provocou a prática como anticomunismo, principalmente o antissemitismo. Adolfo desejava um povo puro na crença da superioridade da raça ariana. O antissemitismo teve como resultado trágico o holocausto, aquela ação sistemática de extermínio dos judeus.

Adolfo tornou-se um tirano, de acentuada perversidade e crueldade. Facínora foi o líder mandante de milhões de crimes. Facínora, foi o responsável pela execução, morte de milhões de judeus.

Qualquer ilação com a política atual da República das Bananas e seus jornalistas é mera coincidência.

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Paz, de boa… Sensacional o espetáculo no Bourbon Country. Seu Jorge e Daniel Jobim (neto de Tom Jobim)