Apaga o fogo e salva vidas!

Quinta-feira, 2 de julho, foi o dia de prestar homenagem àquele que está sempre pronto a arriscar a própria vida

Quinta-feira, 2 de julho, foi o dia de prestar homenagem àquele que está sempre pronto a arriscar a própria vida para salvar a nossa: o bombeiro. A palavra “bombeiro”, usada para designar o “apagador de incêndios” (o ‘cara’ que manuseia a bomba de incêndio), é de 1844. Antes disso, os encanadores é que eram chamados de bombeiros, porque usavam bombas de água para desentupir canos. No Rio, ainda hoje o profissional que conserta os encanamentos é chamado de bombeiro. Essa você não sabia!

 Eu tinha 12 anos, quando um incêndio atingiu o bar que ficava na esquina do prédio onde eu morava com meus pais, em Cachoeira do Sul. Era por volta de meio-dia, quando ouvimos o som da sirene do caminhão vermelho. Eu desci correndo as escadas e me misturei aos curiosos. E, do outro lado da rua, pude ver de perto os bombeiros em ação. Nunca esqueci! Enquanto uns combatiam as chamas, outros tentavam acalmar o filho do casal dono do bar, que entrou em desespero ao ver o fogo consumir o negócio da família. Naquele dia, aprendi a admirar e respeitar o trabalho dos bombeiros.

Não é por acaso que o Corpo de Bombeiros foi eleito a instituição mais confiável pelo 11º ano consecutivo. Para um bombeiro que se preze, ser bombeiro não é apenas uma profissão, é uma missão. Como costumam dizer: “Quando os segundos contam, conte com a gente!”. E, devido à coragem para enfrentar situações de risco e a capacidade para trabalhar sob pressão, há quem os considerem “os heróis da vida real”. Porém, se chamá-los assim, modestamente dirão: “Não somos heróis, talvez mais humanos que muitos humanos”.

O amigo Altemir Silva, que está na reserva há 11 anos, me falou sobre sua paixão pela profissão: “O bombeiro vai ao encontro daquilo que todo mundo está correndo”. E acrescentou, feliz da vida: “Meu netinho Henri, de três anos, me disse: ‘Vovô, quero ser bombeiro como o senhor. Bombeiro apaga o fogo e salva vidas!’”.