Biblioteca Municipal: 75 anos de cultura
A Biblioteca Pública Municipal Olavo Bilac está comemorando seu jubileu de diamante, 75 anos, como valiosa instituição a serviço da cultura farroupilhense
Especial
Cronologia
A enumeração dos acontecimentos concernentes a biblioteca municipal, em seus 75 anos, desde a criação, são contados da seguinte forma:
Em 17 de outubro de 1940, o tenente Januário Dutra, prefeito nomeado de Farroupilha (na época era vigente a ditadura Vargas, portanto não havia eleição), atendendo o incentivo, muito mais que isso uma determinação do governo federal, através do Ministério da Educação, pela criação de bibliotecas municipais (desde que deveriam ter no mínimo 300 livros), criou a Biblioteca Municipal de Farroupilha através do decreto nº 6 e que tem como patrono o jornalista, contista, cronista e poeta Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac, ficando conhecido simplesmente como Olavo Bilac.
Em 1941, 19 de novembro, o prefeito Nelson Schneider, inaugura a biblioteca que foi instalada no prédio da prefeitura, no andar superior, adjunta ao salão nobre, na rua Cel. Pena de Moraes, ao lado, onde hoje se situa a Praça da Bandeira.
No ano 1960, o prefeito João Grendene oficializa a biblioteca como Biblioteca Pública Municipal Olavo Bilac.
Em 1969, do antigo prédio da prefeitura, a biblioteca mudou-se para a rua da República, junto ao Salão Paroquial, funcionando no subsolo da Rádio Miriam, onde hoje localiza-se um estabelecimento comercial.
Ano de 1981, o expediente da prefeitura passa a ser efetivado no novo prédio, o Centro Administrativo Municipal, na praça da Emancipação, que mais tarde passou a ser chamado prefeito Avelino Maggioni. Com a antiga prefeitura desocupada, a biblioteca voltou ao seu antigo lugar de origem, desta feita, ocupando todo o espaço do prédio.
Em 1985, entre os dias 23 e 29 de outubro, sob auspiciosos da Biblioteca Municipal, realiza-se primeira Feira do Livro sendo homenageada a escritora e professora Alice Gasperin.
Acervo literário
Criada a Biblioteca Pública Municipal, por envolver dinheiro público (compra e fornecimento de livros) o governo federal quer conhecer resultados por relatórios. Em junho de 1941 o prefeito Nelson T. Schneider envia carta com a cópia do decreto de criação da biblioteca e escreve mais: … quanto as demais providências informo-lhe que esta prefeitura dispõe para a biblioteca o mobiliário necessário, mesas, cadeiras para consulentes, livros, inventário e etc. e que para atender o serviço bibliotecário foi designado o diretor de Instrução Pública Municipal.
Ainda, em 1941, o Instituto Nacional do Livro (Ministério da Educação) informa que dará auxílio permanente a biblioteca. Em setembro o prefeito Schneider agradece ao Instituto o recebimento de uma segunda remessa de livros, desta feita 18 volumes. O governo federal faz cobranças. O prefeito informa que deixa de ser devolvida a ficha de consultas do mês de agosto, em virtude da biblioteca não ter sido ainda inaugurada, por conseguinte, não está franqueada ao público. A inauguração ainda não foi promovida por ser pequeno o número de livros existentes e até mesmo em observância as instruções desse instituto que considera pequenas bibliotecas as que contam com o número mínimo de 300 volumes. Com a remessa de 45 volumes prometida pelo instituto em novembro haverá condições de inauguração. Em 1941, novembro, enfim foi instalada e inaugurada a Biblioteca Pública Municipal.
O objetivo da biblioteca era oferecer leitura e pesquisa de modo geral, mas especialmente leitura própria para agricultores com informações necessárias, através de publicações com técnicas e orientações de plantio, particularmente de arvores frutíferas e hortaliças.
Conforme noticiário do jornal Gazeta Farroupilhense (05.04.1972), naquele ano, a biblioteca Olavo Bilac contava em seu acervo com 3.248 volumes. O Farroupilha (19.10.2007) em reportagem especial pela passagem dos 67 anos da criação da biblioteca informa que o acervo é de 33 mil livros. Atualmente a biblioteca conta com aproximadamente 40 mil volumes.
O prédio da biblioteca e a sua história
O prédio da Biblioteca Municipal é mérito do capitão Eudoro Lucas de Oliveira. Foi durante seu mandato, como segundo prefeito nomeado da cidade, entre 1937 e 1940, que foi construído a nova prefeitura. Essa obra era necessária para oferecer maior espaço, conforto e modernidade para funcionários e população. Afinal o município já tinha uma população de 12.000 habitantes, 200 prédios construídos, 31 indústrias e 45 casas comerciais. Anteriormente, logo após a emancipação política de Farroupilha, a prefeitura se instalou na mesma rua Cel. Pena de Moraes, num velho e acanhado sobrado, nas proximidades onde hoje se situa a agência dos Correios. No novo prédio foi designado um lugar para biblioteca municipal que foi instalada no segundo pavimento, adjunta ao Salão Nobre.
Hoje, o antigo prédio da prefeitura, está a biblioteca, patrimônio histórico de Farroupilha.
Mais de dezoito mil atendimentos no ano
Além da leitura e pesquisa, a biblioteca oferece mais os seguintes serviços:
Empréstimo de livros, inclusive em Braile; acervo de periódicos (jornais e revistas); estação digital internet para todos (acesso gratuito); pesquisas (com livros de diversas áreas do conhecimento); memória literária (acervo histórico que preserva obras raras); troca/troca de livros entre a comunidade e a biblioteca; sala de leitura e ao espaço infantil Via Láctea e mais serviços relacionados a cultura.