Cooperativa Vinícola Garibaldi participa de programa que incentiva práticas de ESG e economia circular

Aliança aproxima agentes públicos e privados para aumentar a reciclagem do vidro na Serra Gaúcha

Em mais um movimento para ampliar seu trabalho nos pilares ambiental e social, a Cooperativa Vinícola Garibaldi inaugurou programa pioneiro na Serra Gaúcha que envolve múltiplas organizações para aumentar a reciclagem de vidro no Município. Os acordos que envolvem a Cooperativa, Verallia, VidroFix, Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Garibaldi e a prefeitura municipal foram saudados no lançamento do projeto ‘Vidro vira Vidro’, no complexo enoturístico, nesta quinta-feira, 16 de outubro. A iniciativa disponibiliza cinco Pontos de Entrega Voluntária (PEVs), em espaços cedidos pela prefeitura para que a comunidade deposite garrafas e sucatas de vidro.

Uma das premissas é evitar que o vidro seja depositado em aterro sanitário e para que seja reaproveitado e reinserido na cadeia produtiva, uma vez que é um material 100% reciclável. “Cada vez mais precisamos caminhar em direção a um mundo mais sustentável, reaproveitando resíduos para serem reinseridos como novos produtos, economizando recursos e contribuindo para o aumento da economia circular”, diz o presidente da Cooperativa Garibaldi, Oscar Ló. Um dos PEVs está instalado na própria vinícola, no espaço de enoturismo (Independência, 845, Centro). Outro lugar turístico da cidade, a estação ferroviária (Rua João Ludovico Salvador, no Bairro Ferroviário), recebeu uma unidade.

As demais unidades

  • Pronto Atendimento Médico de Garibaldi (PAM, Av. Perimetral, Bairro Glória)
  • Ginásio Municipal de Esportes (Rua Luís Rogério Casacurta, no Centro)
  • Campo do bairro São Francisco (Rua Café Filho no Bairro São Francisco).
  • O programa inicia com cinco pontos de coleta, podendo chegar a 20 PEVs instalados em Garibaldi.

A vinícola será responsável por coletar o material conforme demanda e levá-lo à cooperativa de catadores para a separação dos resíduos e comercialização dos produtos à VidroFix, que por sua vez levará a carga para a reciclagem na Verallia, multinacional produtora de embalagens de vidro com produção em Campo Bom, onde se transformará em matéria-prima para novas garrafas. “Trazer essa ação para Garibaldi, em parceria com a Vinícola Garibaldi e com a prefeitura é um passo significativo. Nossa expectativa é aumentar a reciclagem na Serra Gaúcha, contribuindo para a sustentabilidade”, comenta o diretor-geral da Verallia para a América Latina, Quintin Testa.

  • De acordo com um estudo tendo como base os três últimos relatórios da cooperativa de catadores, são recolhidos a cada mês 15 toneladas de vidro em Garibaldi, sendo 12 toneladas de sucata e o restante de garrafas.
  • Com o projeto, a ideia é aumentar esse volume, aumentando também a consciência da população com o descarte correto de materiais.

“Quando descartado de forma inadequada, o vidro pode causar riscos à saúde e ao meio ambiente. Com os PEVs, oferecemos uma solução prática e segura para a população, estimulando o descarte correto, reduzindo o envio de resíduos aos aterros e fortalecendo a cadeia da reciclagem desse material”, opina o secretário de Meio Ambiente e Bem-Estar Animal, Anderson Luiz Dalla Rosa. “Acreditamos que promover a conscientização coletiva e oferecer estrutura adequada para o descarte correto são passos essenciais para reduzir os impactos ambientais e construir uma cidade mais limpa e responsável”, prossegue.

  • O prefeito de Garibaldi, Sérgio Chesini, endossa a relevância da ação. “A reciclagem é um compromisso coletivo que reflete o cuidado que temos com o futuro da nossa cidade. Ao investir em estrutura e conscientização, seguimos fortalecendo uma Garibaldi mais limpa, sustentável e comprometida com o meio ambiente”, diz.

Sustentabilidade

  • Ações como essas se somam a outras resoluções lideradas pelo município, como os contêineres de volumosos e o drive thru sustentável, e também ao compromisso da Cooperativa com as corretas práticas ambientais.
  • Na fábrica, a cooperativa utiliza gás natural em suas caldeiras e tem adquirido energia elétrica do mercado livre, o que garante a emissão de um certificado próprio de energia renovável. Também conta com um sistema de placas solares para compensar a energia consumida em parte da fábrica, reduzindo a emissão de gases.
  • As águas residuais passam por tratamento em estação própria, e cerca de 50% desse material retorna para uso em alguns processos industriais.
  • Na safra, os resíduos da uva – bagaço e engaço – seguem para uma central de compostagem para, depois de cerca de três anos, retornarem como adubo para os vinhedos, aproveitando a totalidade da matéria-prima para seus premiados rótulos.

No campo, as frentes incluem a produção de uvas orgânicas e biodinâmicas, sendo uma das pioneiras nesse tipo de cultivo, e o vinhedo experimental, para testar variedades mais resistentes, com economia de insumos agrícolas. A alta taxa de cooperados certificados pelo programa Local GAP de boas práticas de produção agrícola é outro aspecto. Mais de 90% das famílias produtoras têm a certificação, e algumas já estão avançando para nova etapa, o Global GAP, mais restritivo. Com tal responsabilidade corporativa, as práticas de ESG estão mais presentes, contribuindo para a obtenção de produtos aprimorados e estimulando o cuidado ambiental e a ética nos negócios e nos relacionamentos. 

Destinação correta

  • No PEV do Programa Vidro Vira Vidro é possível depositar garrafas de vidro, frascos de perfume, vidros quebrados, potes e copos de vidro.
  • No entanto, não são coletados neste pontos cristais e porcelanas, cerâmicas e louças, lâmpadas, telas de TV e vidros de medicamentos.