Paraguai, a “nova China”

Nos dias 29 e 30 de novembro, o Rio Grande do Sul recebeu a visita do ministro da Indústria e Comércio do Paraguai, Gustavo Leite, que veio ao Brasil para realizar uma série de compromissos com o objetivo de estreitar relações entre o país vizinho e as indústrias brasileiras. Entre as atividades estiveram reuniões e eventos com sindicatos e visitas a empresas interessadas na internacionalização.

Na manhã desta quarta (30), foi realizada a coletiva de imprensa no Hotel Intercity em Caxias do Sul, onde o ministro expôs sobre a aliança com o Brasil e as facilidades que o Paraguai disponibiliza para as empresas brasileiras que buscam se internacionalizar.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) do Brasil tem tratado a internacionalização como uma solução para as indústrias brasileiras. Para alcançar ao patamar exigido pela competição global, tornar-se multinacional é uma excelente alternativa, pois fortalecem sua atuação dentro do Brasil a medida em que passam a trabalhar com padrões diferenciados de qualidade. Outro fator importante é que também tornam-se capaz de competir com empresas estrangeiras que atuam no país, além de poderem aumentar suas exportações a partir do Brasil, pois precisam abastecer sua subsidiária estrangeira.

O país vizinho se transformou em um parceiro estratégico, permitindo as empresas baratear os custos da produção em um momento de crise no nosso país, e alcançar objetivos maiores envolvendo a exportação, que não seriam possíveis sem a internacionalização. O Paraguai tem sido considerado como a nova China por oferecer diversas vantagens para as empresas. Além de baixos impostos, baixos custos com água, mão de obra, matéria-prima e a energia elétrica – que chega a ser 70% mais barata que no Brasil – o custo do empregado sobre a folha de pagamento é de 35%, enquanto no Brasil é de 110%. Além de todos estes atrativos, as empresas estrangeiras pagam apenas 1% sobre o valor agregado ao produto no Paraguai, se fizerem parte do Regime de Maquila, um programa criado em 2013 para atrair investimentos externos.

Há oportunidades para empresas brasileiras de qualquer setor e porte.