121ª Romaria Votiva de Nossa Senhora de Caravaggio ocorreu com restrição de público

Cinco máquinas agrícolas simbolizaram a tradicional romaria

A 121ª Romaria Votiva de Nossa Senhora de Caravaggio, de Farroupilha, ocorreu de forma diferente, atípica, com público restrito em função da pandemia, mas não menos emotiva. Isso porque no lugar de centenas de máquinas agrícolas enfileiradas defronte ao Santuário Diocesano, como ocorre anualmente há quase 20 edições, apenas seis tratores ficaram estacionados para simbolizar a verdadeira intenção do evento: as bênçãos à agricultura, o agradecimento à Mãe Natureza e as preces para Nossa Senhora de Caravaggio interceder pelos agricultores. A 121ª edição ocorreu durante a terça-feira, 2 de fevereiro, com programação que se iniciou às 8h e seguiu até por volta das 18h.

O lema deste ano, “Curar a vida e cuidar da criação. Nossa Senhora de Caravaggio, rogai por nós!”, foi lembrado em diferentes momentos durante as . Com a presença de agricultores do município de Farroupilha, frutos foram ofertados no altar do Santuário para ilustrar o trabalho daqueles que enfrentam intempéries e muitas adversidades para garantir o sustento da comunidade. O momento, também, foi de reflexão pela situação que a pandemia instalou no mundo todo.  
“No meio da tempestade que estamos vivendo, temos a esperança que venceremos. Renasceremos, mas não como antes. Seremos diferentes.

Renasceremos mais humildes, mais solidários, renasceremos pensando que sozinhos não podemos vencer os problemas da vida. Como disse o Papa Francisco, estamos no mesmo barco. Às vezes, ameaçado pela tempestade, pelas ondas, pelos problemas. Mas venceremos”, afirmou o bispo emérito da Diocese de Caxias do Sul, Dom Alessandro Ruffinoni. 

“Rezamos pedindo pelo nosso trabalho, pela nossa colheita, pelos nossos agricultores, pelo nosso município. Por toda política relacionada à agricultura”, pediu o reitor do Santuário, padre Gilnei Fronza. “Vamos cuidar da criação. Nós não nos esgotamos aqui, não ficamos aqui para sempre. Por isso, precisamos entender a criação não sobre o aspecto dessa vida que levamos agora e se esgota, mas uma vida que se abre para a eternidade. Então todo gesto de ternura, de acolhimento, de solidariamente, toda forma de altruísmo que manifestarmos para todas as criaturas, é a presença de Deus em nós”, completou o reitor

 

Bênção da garganta

Nesta terça-feira, também foi celebrada a bênção das velas no dia de São Brás. Em respeito às medidas preventivas ao coronavírus, a Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) orientou as igrejas para que não realizassem o gesto de tocar o pescoço das pessoas. A bênção, no entanto, foi dada em missa.