Um paulista na direção do CNEC Farroupilha

A voz da experiência sempre tende a ser melhor ouvida, principalmente quando o assunto é manter ou elevar a qualidade de uma instituição. Foi o que fez a CNEC Farroupilha ao empossar, na última segunda-feira, 1/8, o novo diretor Marcus Vinicius Gava, cuja vivência no ensino superior soma 24 anos e na gestão acadêmica, 17.
Gava é paulista, nascido na cidade de Assis, e passou grande parte de sua vida profissional ligado às grandes faculdades de São Paulo, como a Universidade Metodista, a Nove de Julho, a de Mogi das Cruzes, a Unicapital e a FMU. Conheceu a realidade do ensino das grandes metrópoles quanto a das cidades do interior.
Fisioterapeuta por formação, tornou-se mestre em Educação, com a especialidade em Docência do Ensino Superior. Até o ano passado estava dentro da sala de aula, lecionando Metodologia de Pesquisa Científica. Gosta de ser chamado de professor. Considera-se um.
Como a maioria dos paulistas, o professor buscava mais qualidade de vida, com menos trânsito, menos violência e todo o resto que conta para alguém querer sair de uma megacidade. A oportunidade apareceu com o processo seletivo ao qual submeteu-se para a CNEC Farroupilha. Eu e minha família passávamos férias na Serra Gaúcha. Aqui sempre foi um local que fazia nosso coração bater mais rápido e quando a mudança começou a se concretizar, não tivemos dúvida em escolher Farroupilha, conta o diretor, que recebeu propostas de outros estados para atuar.
Chegou de São Paulo na própria segunda-feira, deixando a família: esposa Ana Lúcia e os filhos Enzo, 15 anos, e Clara, 11, por lá. Vai preparar tudo por aqui para depois recebê-los. Diz estar feliz e sentindo em casa, já que a ascendência italiana fala alto dentro dele.
Vida nova e nos acostumarmos com o que é bom, é fácil. Sei que estou vindo para um estado invejável, com indicadores educacionais muito bons, acrescenta ainda como justificativa para seu entusiasmo.

Desafios
Acostumado a assumir instituições que pediam soluções urgentes, Gava enxergou a possibilidade de realizar um trabalho diferente, ainda mais desafiador por aqui. CNEC Farroupilha, tanto faculdade quanto colégio, é a melhor instituição que já assumi: com estrutura, corpo docente, indicadores do MEC. Aqui o desafio é melhorar o que já é bom, diz.
Revela que possui metas profissionais que pretende atingir com o cargo recém assumido. As escolas precisam preparar o aluno como servidor da comunidade, quanto mais cedo ele for inserido, melhor. Por isso vamos ter um olhar forte para os projetos de extensão, etapa em que o aluno aplica na prática o conhecimento adquirido, antecipa.
Neste início da nova jornada, Gava já enumera os objetivos pelos quais vai trabalhar. Segundo ele, o próprio presidente da rede CNEC, Dr. Alexandre José dos Santos, transmitiu alguns dos desafios. Em longo prazo fui incumbido de transformar a faculdade em centro universitário e acredito que a cidade mereça um. Objetivos mais imediatos, ressalto a melhora do índice de matrículas, a reestruturação da piscina do colégio e a modernização da campanha do vestibular, com a melhora da comunicação para que a comunidade conheça todo o potencial que a faculdade tem.
Até a nossa conversa, Gava não tinha experimentado a sopa de Agnolini, mas já estava buscando informações sobre onde comer carne de carneiro, uma de suas predileções gastronômicas.
Além de toda a experiência que possui, contam a favor do novo diretor da CNEC o entusiasmo típico de quem inicia uma atividade que gosta e a alegria por estar em uma cidade como Farroupilha. É, sem dúvida, começar com o pé direito.