Centro de AVC do Hospital São Carlos completa dois anos

Agilidade no início do tratamento diminui risco de morte e sequelas

O Centro de Acidente Vascular Cerebral (AVC) do Hospital São Carlos (HBSC), de Farroupilha, completa dois anos de funcionamento neste mês de março. Desde 2022, o HBSC conta com um espaço equipado para receber pacientes com AVC agudo, possibilitando um tratamento ágil – o que diminui o risco de morte e de sequelas permanentes.


Quem chega ao São Carlos com essa suspeita é atendido rapidamente de acordo com um Protocolo de AVC desenvolvido especificamente para tal. Nele, a equipe promove uma avaliação organizada e detalhada com o objetivo de decidir qual será o melhor tratamento da fase aguda, sempre tentando diminuir o impacto das sequelas neurológicas no longo prazo. A unidade é especializada na avaliação, monitorização, estabilização e reabilitação inicial do paciente.
Conforme o médico neurologista Dr. Fabrício D. Kleber, responsável técnico da unidade, o AVC pode ocorrer em qualquer faixa etária, sendo a principal causa de morte e incapacidade em muitos países do mundo. Os principais fatores de risco são a hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, sedentarismo, níveis elevados de gordura no sangue, obesidade e arritmia cardíaca. O especialista ainda reforça que o foco da avaliação inicial é identificar os pacientes com suspeita de AVC, realizar a avaliação adequada com Tomografia Computadorizada de Crânio e decidir pelo melhor tratamento com o menor tempo possível desde o início dos sintomas.


“É muito importante que a comunidade saiba identificar os principais sintomas da doença, permitindo que se identifiquem os pacientes precocemente. Devemos pensar na possibilidade de um AVC sempre que a pessoa apresentar uma piora neurológica de forma súbita, como por exemplo: piora da fala, perda de força ou sensibilidade em um lado do corpo, incoordenação e dificuldade para caminhar, assimetria da face, perda da visão e dor de cabeça muito intensa caracterizada como a ‘pior da vida’”, explica o médico.


“Quando tivermos a suspeita de que um AVC possa estar ocorrendo, devemos acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) o quanto antes, que fará a rápida transferência do paciente para o hospital. A realização do tratamento e o seu impacto positivo estão intimamente ligados ao tempo de evolução desde o início dos sintomas. Tempo é cérebro, ou seja, a agilidade no início do tratamento pode diminuir o risco de morte ou de uma sequela grave e incapacitante no futuro”, esclarece o neurologista.