Estado reconhece situação de emergência mas não recoloca Farroupilha em estado de calamidade pública

Prefeito Fabiano Feltrin assinou primeiro decreto de calamidade pública dia 2 de maio e reiterou situação na semana passada, depois que governo gaúcho retirou Farroupilha até da lista dos municípios em situação de emergência

O governo do Estado publicou na noite de ontem, terça-feira, dia 21, o decreto 57.626/2024 que recoloca o município de Farroupilha na lista dos municípios em situação de emergência em decorrências das fortes chuvas que atingiram a região desde o fim de abril, causando problemas em estradas, cancelamento de aulas e colocando o Hospital São Carlos em uma delicada situação.

A prefeitura havia decretado estado de calamidade no dia 2 de maio, que havia sido homologada pelos governos estadual e federal. Após uma reclassificação, na semana passada, que retirou Farroupilha até da lista dos municípios em situação de emergência, e considerando a possibilidade de avaliação dos estragos causados pelas chuvas e contatos com a Casa Civil e reuniões com as coordenações regionais e estaduais da Defesa Civil, houve um novo laudo apontando que o município se enquadra na situação de emergência.

O novo documento foi apresentado ao Estado, que fez a homologação e publicou a decisão do Diário Oficial desta terça, 21 de maio. De acordo com a prefeitura, as equipes que integram o Comitê de Crise instaurado em Farroupilha seguem alimentando o sistema da Defesa Civil Estadual com as informações prestadas conforme os critérios estabelecidos que comprovam o estado de calamidade, como por exemplo a interdição de pontes de ligação entre comunidades do interior e rachaduras encontradas na estrada Salto Ventoso, inviabilizando o trânsito de moradores e o escoamento da produção.

Além disso, problemas estruturais no perímetro urbano, como tubulações que cederam, sendo necessária, inclusive, a evacuação de ao menos quatro famílias de suas residências no bairro Nova Vicenza, no último final de semana. O Hospital São Carlos, referência para 34 cidades, precisou cancelar consultas e exames eletivos previamente agendados devido ao risco de desabastecimento de insumos essenciais, devido à dificuldade de logística e fornecimento por conta das enchentes que atingem a Região Metropolitana e bloqueios em rodovias estaduais e federais.