Fotoprotetores – Mercado em expansão
Com crescimento de 60% esperado para os próximos cinco anos, o setor de fotoproteção é um dos mais bem-sucedidos da indústria cosmética.
O verão está chegando, e, com ele, as férias de fim de ano. Milhões de pessoas se deslocam para o litoral brasileiro em busca de sol, praia, calor, enfim, descanso. Contudo, é sempre preciso tomar alguns cuidados ao expor a pele à luz solar, ou um período de folga pode acabar se tornando uma dor de cabeça.
Esses cuidados implicam no uso frequente e adequado dos protetores solares, que protegem a pele dos raios ultravioleta, causadores de câncer, queimaduras, pintas e outros problemas dermatológicos. Produtos essenciais para o bem-estar das pessoas, os protetores compõem um dos setores em maior crescimento na indústria dos cosméticos. Prevê-se uma expansão de 60% no mercado para os próximos cinco anos.
O crescimento é resultado do alto investimento da indústria nesta área. A cada ano que passa, soluções cada vez mais inovadoras surgem no mercado, muitas delas dedicadas a tipos específicos de pele, diz Alberto Keidi Kurebayashi, presidente da ABC (Associação Brasileira de Cosmetologia).
Diferentemente do que se pensa, o uso de proteção solar na pele não prejudica a produção de vitamina D – altamente benéfica para os ossos – no corpo humano.
O investimento em protetores solares envolve inclusive a criação de produtos multifuncionais, ou seja, cosméticos que fazem mais do que proteger a pele. Já são comuns em drogarias batons, repelentes contra insetos, cremes hidratantes e itens de maquiagem em geral que agem também em favor da proteção da pele. Atualmente, os protetores solares representam 2% do mercado mundial de produtos cosméticos e por volta de 7% do mercado brasileiro, representando em números absolutos 6 Bilhões e 400 milhões de dólares, respectivamente.
Apesar dos pequenos índices, o segmento promete crescer 23% no mundo e 63% no Brasil (que hoje é o segundo maior consumidor do mundo, compondo 10,2% do mercado global e movimentando mais de R$ 770 milhões por ano), nos próximos cinco anos. (fonte: Euromonitor).
Os produtos de fotoproteção e as questões principais que envolvem sua fabricação, comercialização e aplicação foram debatidos no simpósio Fotoproteção: Desafios e Aspectos Globais, realizado em abril deste ano, em São Paulo. A ABC, organizadora do evento, reuniu cerca de 130 profissionais brasileiros e estrangeiros para discutir os rumos do setor.
Nem todas as notícias são boas, contudo. Cerca de 68,5% da população mundial não utiliza protetor solar diariamente. De 2 a 3 milhões de novos casos de câncer não-melanoma são diagnosticados anualmente no mundo, sendo que no Brasil esse número chega a 110 mil novos casos não-melonoma e 5 mil melanomas por ano. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) a morte por câncer é a de maior incidência no mundo. Para se proteger adequadamente, é necessário escolher protetores solares que bloqueiem os raios ultravioleta UVB e UVA observando o FPS (Fator de Proteção Solar): quanto maior o valor do FPS, maior será a proteção oferecida pelo produto. É preciso se lembrar de outros procedimentos fundamentais para a eficácia dos protetores: aplicá-los cerca de 30 minutos antes da exposição direta ao sol ou à luz artificial, reaplicá-los a cada duas horas e não descuidar da alimentação equilibrada, pois alimentos ricos em vitaminas A e D melhoram o aspecto da pele e intensificam naturalmente o bronzeado.