Hospital Beneficente São Carlos divulga recuperação econômica nos últimos anos

O HBSC passou por uma evolução econômica de 2017 a 2022, passando da intervenção pública rumo ao equilíbrio financeiro

A superintendente-geral do Hospital Beneficente São Carlos (HBSC), Janete Toigo D’Agostini, apresentou no dia 25 de maio o relatório social da instituição durante o Almoçando com a CICS, evento promovido pela Câmara de Indústria, Comércio, Serviços e Agronegócios de Farroupilha.
Durante a explanação, foi mostrada a evolução econômica do HBSC de 2017 a 2022, passando da intervenção pública rumo ao equilíbrio financeiro. Segundo a superintendente, ao assumir a entidade, em 2017, o hospital tinha apenas seis pacientes internados e fazia somente partos e cirurgias de emergência. “Havia setores trancados com cadeado e um excesso de funcionários sem atividades. Passivos nas contas de água, luz e oxigênio, entre outras dívidas. Com a ajuda de voluntários e da comunidade, conseguimos dar uma arrancada para a grande virada: alimentos, uniformes, reformas urgentes e renegociação da dívida com os credores. Assumimos os compromissos do presente e negociamos os do passado. Com gestão responsável, mais de R$ 8 milhões deixaram de ser pagos em juros aos bancos. Tudo isso somado ao investimento em habilitação para novos procedimentos e retomada da credibilidade”, reforçou.
Em dezembro de 2016, o hospital somava R$ 43 milhões em dívidas. Ao final de 2022, esse valor caiu em quase 70%, para R$ 16 milhões. “Somos enxutos. Essa é a única forma de manter o hospital funcionando. Planejamos, otimizamos recursos e contamos com um time de estrelas comprometidas com a nossa instituição. Isso faz com que o Hospital São Carlos tenha renascido e hoje se firme como uma das principais instituições hospitalares da Serra Gaúcha”, salientou Janete.
Ainda foram apresentados dados de produtividade do HBSC. Em média, são feitas 10 mil internações hospitalares por ano, sendo 55% pelo SUS. São cerca de 35 mil atendimentos de emergência, tendo o SUS em 81% dos casos. O ambulatório de especialidades tem a média de 30 mil atendimentos anuais, chegando a 90% SUS. Em média, são 6,5 mil procedimentos cirúrgicos por ano, 850 nascimentos, 600 refeições servidas diariamente, 780 kg de roupas lavadas por dia e mais de 800 equipamentos sob gestão da engenharia clínica.
Com alto percentual de atendimentos via SUS, Janete evidencia a necessidade de correção da tabela para equilíbrio nas contas. “Para se ter uma ideia, o hospital recebe R$ 11 por consulta de emergência via SUS, independentemente do que o paciente precise. Isso precisa ser revisto urgentemente”, evidencia.
Tesouro dentro do hospital Apesar de ainda estar se reestruturando, o HBSC já registra inúmeros avanços tecnológicos e estruturais, em nome da segurança plena do paciente. Nos últimos anos, recebeu habilitação de leitos de UTI Adulto, da alta complexidade em traumato-ortopedia, do Centro de AVC; além do ambulatório de cirurgia vascular e coloproctologia; certificado de UTI Eficiente; certificado de Guardiões da Central; realização de neurocirurgia inédita de Parkinson; reinauguração da ala materno infantil e cinco anos consecutivos em superávit.