Nos trilhos do desenvolvimento integrado

Com a possibilidade da instalação da Ferrovia Norte-Sul na Serra, o JF mostra quais os modais utilizados pelas empresas locais e debate possíveis soluções para o escoamento da produção na Serra

Em um trânsito cada vez mais caótico e sem soluções, qualquer pequeno avanço apresentado como alternativa é uma vitória. E assim está sendo. Os tão importantes trilhos do trem, que fizeram história na Serra gaúcha no passado, atualmente voltam à discussão de uma forma um pouco mais concreta. Um passo foi dado na última sexta-feira (12), quando o Ministério dos Transportes (MT) disponibilizou em seu site, para consulta pública, os estudos de viabilidade técnica, econômica, financeira, social e ambiental de duas linhas de trens de passageiros da Região Sul. Uma delas liga Londrina a Maringá, no Paraná, e a outra, no Rio Grande do Sul, conecta os munícipios de Caxias do Sul a Bento Gonçalves. O trecho correspondente à Serra gaúcha abrange as cidades de Caxias do Sul, Farroupilha, Bento Gonçalves, Carlos Barbosa e Garibaldi, num total de 66 quilômetros. No Paraná, o trajeto interliga 13 municípios em 150 quilômetros.

O estudo de viabilidade da linha que corresponde à região foi apresentado em uma reunião de trabalho esta semana, com a presença de representantes do MT, do Laboratório de Transportes e Logística (Labtrans) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e das prefeituras de Farroupilha, Caxias do Sul e Bento Gonçalves, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), entidade que elaborou os estudos. De acordo Rui Oliveira, que integra a Secretaria de Planejamento de Farroupilha e que representou a cidade na ocasião, o cenário atual é muito propício. Acho que nunca tivemos um momento assim, comemora. Segundo ele, a mobilização do governo federal em apresentar este estudo mostra que as possibilidades reais de reativação da linha são grandes. O retorno do sistema ferroviário local traria, de acordo com ele, benefícios financeiros e sociais ao município. Vai ser um vetor muito grande de desenvolvimento, projeta. A princípio, o sistema seria utilizado somente para passageiros, mas também poderia transportar cargas leves.

Mais detalhes você confere na edição impressa desta sexta-feira.