O rumo do infinito saber

Desde maio de 2006 o município conta com o projeto Caminhos da Leitura, que estimula o exercício da leitura com ações que englobem toda a comunidade.

A leitura é a porta do imaginário, do conhecimento que constrói e que possibilita novas vertentes reais ou apenas imagináveis. O inegável é que ler é o combustível do cérebro e como posto de abastecimento, Farroupilha conta, há seis anos, com um projeto voltado ao estímulo da leitura por hábito diário para toda a comunidade: o Caminhos da Leitura.

O projeto surgiu por constatação de professores e da secretaria de Educação, Cultura e Deporto, de que o município precisava realizar maiores ações relacionadas à prática da leitura. A constituição do projeto é dinâmica e busca atender o contexto das demandas, explica Tânia Perotti Bertol, coordenadora da iniciativa realizada em parceria com a professora Claudete Paese Molon e pela bibliotecária Cristiane Arruda.

O Caminhos da Leitura atende todas as 45 escolas de Farroupilha, de todas as redes de ensino, inclusive a Educação de Jovens e Adultos (EJA). A sede do projeto é no Centro de Estudo, Formação e Leitura, localizado junto ao Conselho Municipal de Educação (na Rua Rui Barbosa, 96, no Centro) e o atendimento é das 8h às 11h45 e das 13h às 17h15, de segunda a sexta-feira. Lá são encontrados o Acervo de Leitura e Espaço de Contação de Histórias e o Memorial Oscar Bertholdo.

A cada ano, um novo tema é lançado no projeto, e neste ano o tema trabalhado é ‘Ler: conhecer, imaginar, acreditar’. Dentro do tema escolhido, as escolas tem autonomia para o plano de ensino.

Atualmente, o projeto operacionaliza 19 ações, sendo que nove delas são realizadas durante todo o período letivo. Elas são criadas conforme sugestões e análise da necessidade de professores e alunos em trabalhar determinado tema.

O Sarau Literário; o Indicador de Leitura; a Leitura em Vitrine; a Exposição Temática; a Poesia no Ônibus; o Concurso Estudantil de Contos e Poesias e o Informativo do Projeto Caminhos da Leitura, são as ações que se mantêm desde o começo do Caminhos da Leitura. Conforme Tânia, a jornada de trabalho do projeto é muito rica e contínua em possibilidades. Ficam duas sensações: a gratidão e a certeza de que ainda se tem muito a fazer. Isto é muito positivo, analisa.

A coordenadora comenta ainda que o projeto desperta diferentes tipos de sentimentos em cada leitor, como a emoção ao encontrar uma revista do dia do seu nascimento, os pais ao verem seus filhos declamando textos nos saraus e dos professores ao perceberem o brilho no olhar dos alunos que ouvem as histórias nas contações e abrem as portas para o imaginário. O projeto também já recebeu diversas premiações pelo Ministério da Cultura e da Educação.

Esta caminhada só é possível porque é feita com muitas mãos. Por mãos que acreditam na importância e no poder da leitura.

Na possibilidade de sua descoberta a qualquer tempo, em linhas que podem estar em livros, jornais, revistas, em traços de cores que compõem uma imagem ou no cotidiano do qual fazemos parte, conclui a coordenadora.

Confira a matéria completa na edição impressa da última sexta-feira.