Paciência no limite

O dia 16 de abril, última terça-feira, era para ser comemorada com o fechamento das cancelas na praça de pedágio de Farroupilha. Uma liminar concedida pela Justiça calou a promessa do governador Tarso Genro e o contrato vigorará até o dia 28 de dezembro. E a comunidade vai continuar a pagar R$ 7 para ir a Caxias do Sul e voltar a Farroupilha. Diante disso, ao invés da festa pela comemoração da abertura das cancelas, a reunião que ocorreu junto ao salão da comunidade de Linha Julieta virou palanque de protestos e de políticos. Das 17h às 20h, cerca de 200 pessoas reclamaram da cobrança, distribuíram panfletos e adesivos e exigiram o fechamento imediato da praça da RS-453.

Segundo o presidente da Associação dos Usuários de Rodovias Concedidas do Rio Grande do Sul (Assurcon), Juarez Colombo, a expectativa era de maior público. Mas as pessoas que estavam presentes participaram ativamente do manifesto, vestindo preto em forma de luto. Usamos uma tribuna livre onde todos puderam se manifestar. Em geral, as manifestações foram de apelo ao fim deste modelo de pedágio e de indignações pela decisão judiciária, afirma Colombo. Segundo ele, a intenção maior do manifesto foi a sensibilização do poder judiciário pela causa.

Na oportunidade, representantes de sindicatos, prefeituras – o protesto contou com a presença dos prefeitos Claiton Gonçalves, de Farroupilha, e de Alceu Barbosa Velho, de Caxias – além de vereadores e presidentes de entidades representativas deram o seu quinhão de contribuição à indignação geral. Na última quarta-feira, dia 17, a Comissão Parlamentar contra a Prorrogação dos Contratos de Pedágios juntamente ao Comitê Regional pelo Fim dos Contratos de Pedágios, reuniu-se com a Procuradoria Geral do Estado (PGE) para apresentar propostas de ações que objetivam derrubar a liminar de prorrogação dos contratos.

Todos os detalhes você confere na edição impressa desta sexta-feira.