Polícia Civil de Farroupilha com novo delegado titular
Dr. Rodrigo Veiga Morale assumiu o comando no dia 30 de maio

Renato Dalzochio
| Especial
A Delegacia de Polícia Civil de Farroupilha está com um novo delegado titular. Trata-se do Dr. Rodrigo Veiga Morale. Oriundo da Delegacia de Antônio Prado, Rodrigo vem para ocupar o cargo de Tiago Vicentini, que se afastou ainda no final de 2015. Nos últimos seis meses o cargo era ocupado por substitutos e plantonistas. Dr. Rodrigo está trabalhando em Farroupilha desde o dia 30 de maio. Nesta semana ele recebeu nossa reportagem para uma entrevista exclusiva, onde falou sobre as primeiras impressões que teve de nossa cidade na área da segurança pública, além dos novos desafios que terá no combate a violência em suas diversas ramificações.
De onde veio, formação. Escolheu vir pra cá ou foi designado?
Tenho 37 anos, sou paulistano, natural da capital. Minha primeira lotação foi em Uruguaiana, a segunda em Antônio Prado. Quando surgiu a oportunidade de trabalhar em Farroupilha eu pedi para vir pra cá. Meu chefe me deu esta oportunidade. Sou bacharel em direito e pós-graduado em interesses difusos e coletivos.
Há quanto tempo você assumiu a Delegacia de Polícia Civil aqui em Farroupilha?
Estou aqui desde o dia 30 de maio.
Como está a relação com a Brigada Militar?
Nossa relação a princípio é boa. Eles fazem o patrulhamento ostensivo, a chamada polícia preventiva e nós exercemos a função da polícia investigativa.
Nestes primeiros dias em Farroupilha, o que você está achando da violência em nossa cidade?
É uma cidade de médio porte, mas com problemas de cidade grande.
E quais seriam os principais problemas relacionados a violência que você enxergou até o momento?
Os crimes contra o patrimônio, além de homicídios e tráfico de drogas. Crimes estes que daremos prioridade em investigações.
O senhor costuma estar todos os dias na delegacia?
Sim, todos os dias.
E como está a questão de funcionários na delegacia de nossa cidade? Está faltando profissionais para trabalhar?
Aqui na polícia sempre precisamos de mais. Trabalhamos com os recursos humanos que temos, mas sempre falta gente. O ideal seria termos mais policiais.
Apesar do pouco tempo, você acha que nossa cidade sofre influência de gangues de oriundas de Caxias do Sul?
Ainda não tenho essa noção, justamente pelo pouco tempo que estou na delegacia. Acredito que mais para frente terei uma noção exata disso.
E a localização geográfica de nossa cidade, o senhor acha que influencia na vinda de criminosos para cá?
Provavelmente sim, pelo fato de estar próximo a Caxias, que é uma cidade grande, perto de Bento Gonçalves, além de estar no caminho para Porto Alegre e região metropolitana da capital.
Voltando a falar de crimes, teremos alguma ação específica para o combate ao tráfico de drogas?
Serão realizadas investigações no decorrer da minha coordenação aqui na delegacia. Prisões serão efetuadas durante o tempo em que eu estiver aqui.
Acredita que o tráfico influencia outros crimes?
Sim, principalmente os pequenos furtos, que na maioria das vezes são cometidos por usuários de drogas. Então a partir do momento que tem o traficante vendendo, o usuário que não tem dinheiro vai furtar um celular ou uma bolsa por exemplo, para comprar drogas no ponto de tráfico. Então influencia no cometimento de outros crimes sim.
Outro crime muito recorrente na nossa região são os roubos e furto de veículos. Já sabe se tem alguma quadrilha por trás disso?
Como disse anteriormente, estou aqui faz apenas uma semana, ainda estou tomando pé da situação. Ainda não tenho informações específicas a respeito, sei que existe bastante e também já estamos investigando.
E o senhor já sabe se estão abastecendo o comércio ilegal de auto peças em Caxias ou Porto Alegre por exemplo? Os carros são clonados ou desmanchados para alimentar este comércio ilegal?
Sim, são desmanchados para alimentar o mercado negro. Mas ainda não tenho informações sobre onde essas peças são repassadas e de que forma são repassadas.
Você comentou anteriormente que é natural da maior cidade do Brasil. Acredita que sua experiência com uma cidade grande podem te ajudar na resolução dos problemas com a violência numa cidade média, como a nossa?
Sim, com certeza.