Profissão: Quem não precisa de um bom sapateiro?

25 de outubro é o dia deste profissional, cuja arte é antiga e até hoje essencial

Alguns ofícios carregam a tradição de passarem de uma geração a outra. Muitos profissionais da cidade, que já foi um polo calçadista do estado, aprenderam a ser sapateiros com seus próprios pais. 25 de outubro é Dia do Sapateiro e neste ano, quem conta sua história é Rogério Varella, da Sapataria Varella, da Rua Júlio de Castilhos, 627.

“Comecei aos 12 anos com meu pai que também era sapateiro. Viemos de Santa Catarina em 1995. Chegando aqui fui metalúrgico, vigilante noturno até que resolvi voltar a ser sapateiro. Abri uma sala na Barão do Rio Branco, depois fui para a Rua Independência e neste endereço atual estamos há 15 anos”, conta Varella.

Trabalhando ao lado da esposa Angela, o casal faz consertos em sapatos, bolsas, mochilas, malas. No inverno, as botas são campeãs dos reparos e fora da estação, os tênis. “O segredo de um bom sapateiro é fazer o serviço como se fosse para ele mesmo. Primeiro, ele tem que gostar, depois o cliente”, ensina.

Ângela, que se aposentou como técnica de enfermagem, substituiu a tensão pela terapia de se tornar sapateira. Está feliz! “Maravilha é a palavra que define a profissão”, conclui Varella que não esconde o quanto gosta do que faz.