Programa SERMulher RS chega ao Hospital São Carlos, de Farroupilha

Claudia Iembo, com assessoria de imprensa do HBSC
claudia@ofarroupilha.com.br

Tempo. Elemento fundamental para o sucesso de algo. Em questão de saúde, quanto menor ele for entre o diagnóstico de uma doença e o início de seu tratamento, melhor. Este cuidado é o pilar que sustenta um programa de atenção à saúde feminina: o SERMulher RS, Serviço Especializado de Referência à Saúde da Mulher do Rio Grande do Sul, que passa a ser oferecido no Hospital São Carlos, da nossa Farroupilha. A assinatura da portaria que habilita o serviço no hospital ocorreu na terça-feira, 25 de março, no auditório da instituição e contou com a presença da secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann. A iniciativa do governo estadual atua na retaguarda da atenção primária à saúde, garantindo agilidade no diagnóstico e tratamento de doenças do público feminino. O São Carlos é o primeiro hospital da Serra Gaúcha a integrá-la.

O SERMulher RS tem o objetivo de atender mulheres com alterações nos exames de rastreamento de câncer de colo do útero e de mama, com suspeita de endometriose/adenomiose/miomatose, para investigação de infertilidade e no climatério. Os encaminhamentos para o serviço serão feitos pelas Unidades Básicas de Saúde dos municípios, conforme os fluxos de regulação para acesso a consultas especializadas no Sistema de Gerenciamento de Consultas (Gercon). Também será um centro para inserção de dispositivos, como o dispositivo intrauterino (DIU), técnicas de coleta de exame citopatológico, entre outros. Para ser credenciado a receber o programa, o HBSC realizou uma série de melhorias no consultório destinado à saúde da mulher, junto ao Centro de Especialidades da instituição. O local foi remodelado de forma a criar um ambiente de atendimento humanizado, conforme preconiza o SERMulher RS.

Toda a parte de consulta e exames é realizada no HBSC, com capacidade de 140 atendimentos por mês. “Foi um esforço muito grande do hospital. Para sermos habilitados, recebemos a visita de inspeção das sanitaristas do Estado, especificamente para o programa. Tivemos que obedecer a um checklist de critérios, principalmente a formação de uma equipe multidisciplinar, formada por profissionais como nutricionista, psicóloga, assistente social, enfermeira navegadora – todos os serviços que vão fazer a integralidade do atendimento à mulher. A paciente vai chegar para a consulta e, em 60 dias, vamos consultar, fazer os exames, ter um diagnóstico e já encaminhar para o tratamento. Isso é o SERMulher: atender a mulher na sua integralidade e em tempo hábil de conseguir detectar algum risco”, explica Janete Toigo D’Agostini, superintendente geral do São Carlos.

Validando a importância do tempo, o evento da assinatura contou com a força de um depoimento de superação, compartilhado pela Diretora da Secretaria Municipal de Saúde, Rosane da Rosa, que venceu um câncer de mama detectado em 2023. “Sei bem o quanto é precioso o tempo que podemos ganhar para fazer um tratamento! Esta foi uma das tarefas que o prefeito Jonas e vice Thiago nos colocaram, de buscar este serviço para o município de Farroupilha e nada disso teria sido possível se o hospital não tivesse se esmerado tanto”, disse. O vice-prefeito Thiago Brunet, que já havia trabalhado com a secretária Arita em Pelotas, recebeu elogios da senhora e devolveu. “Pode ter certeza de que não haverá uma cidade que faça um trabalho tão exemplar e com tanto desempenho e ternura em atender a mulher quanto a nossa. Este serviço vai dar serenidade a todas as patologias que possam acometer as mulheres”.

A secretária Arita atestou em suas palavras a qualidade dos serviços do hospital São Carlos. “Vir aqui mais uma vez é testemunhar o avanço, a qualificação e as entregas que este hospital faz para a comunidade local e regional. Acompanhamos a cada ano a evolução desta instituição. Também por isso a população elegeu esta dupla, porque ela tem compromisso com a saúde do município de Farroupilha”, disse, referindo-se ao prefeito e seu vice. O prefeito Jonas Tomazini ressaltou a importância da parceria com o hospital São Carlos, evidenciando o quanto a cidade investe em saúde. O Hospital São Carlos entrou em uma competição com outras instituições para ganhar a habilitação do SER Mulher, como lembrou a secretária, mas “a mobilização de toda a equipe e o preenchimento dos dados escolheu Farroupilha porque sabemos que daqui teremos um serviço que vai orgulhar a rede SER Mulher”, acrescentou Arita. Com incentivo estadual para implantação de 200 mil e 125 mil mensais para o custeio do serviço, o São Carlos passa a ser referência para 49 municípios. A angústia de pacientes femininas pelo tempo entre um diagnóstico e seu tratamento acaba de ganhar opositores.