Recicladora destruída por incêndio pode ser clandestina
Afirmação é do comandante do Corpo de Bombeiros, Ailton Bom

A recicladora SerraPlast, cujo depósito incendiou na madrugada de quinta-feira, pode ser clandestina. A informação oi repassada pelo comandante do Corpo de Bombeiros, tenente Ailton Bom. Segundo ele, o local não contava com o Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI). Depois que controlamos as chamas, verificamos que a empresa não possuía alvarás contra incêndio e funcionamento, já que um depende do outro, explicou o tenente.
O secretário do Meio Ambiente, Silvio Marchetto, ressalta que a empresa possui licença ambiental desde 2012. questionado sobre os alvarás de Licença e do PPCI, Marchetto afirmou que esta responsabilidade não é da sua pasta e sim das Finanças. Procurado pela reportagem, o secretário de Finanças, José Henrique Machado dos Santos, não sabia do ocorrido e não pôde informar se a recicladora tinha ou não alvará, pois estava fora da cidade.
O comandante dos Bombeiros afirma que ainda não há uma identificação das causas do sinistro. Somente após conclusão da perícia é que poderá ser informado se o incêndio foi acidental ou criminoso, disse o tenente. Não houve vítimas. No momento do incêndio havia um casal e três filhos na casa, que conseguiram sair a tempo sem que ninguém se ferisse. A guarnição dos bombeiros retirou do local os cães de guarda da empresa.
Cerca de 90 mil litros de água foram utilizados no combate às chamas. Além dos dois caminhões da guarnição de Farroupilha, três viaturas foram enviadas de Caxias para auxiliar a controlar o sinistro. Trabalharam na operação 15 bombeiros e dois agentes de Voluntários da Defesa Civil de Farroupilha. A prefeitura cedeu uma retroescavadeira para ajudar no trabalho. A operação contou também com a presença da RGE. Confira os registros feitos pelo fotógrafo Leandro Rodrigues na edição impressa da última sexta-feira.