Senegalês refugiado na Serra busca qualificação para voltar à África
Aos 32 anos, professor de Matemática, casado e pai de uma garota de quatro anos, o senegalês Th ierno Sylla

Aos 32 anos, professor de Matemática, casado e pai de uma garota de quatro anos, o senegalês Th ierno Sylla é exemplo de determinação entre os africanos refugiados na região. Morando no Brasil há quase dois meses e trabalhando como operário em uma distribuidora de água de Caxias, Sylla ingressou no ensino superior para buscar conhecimento e bagagem cultural para ajudar a família e os amigos que ficaram na África.
Autodidata, o senegalês prestou vestibular para o curso de Ciências Contábeis da Anhanguera de Caxias do Sul, e não se intimidou com o desafio de um idioma diferente. Falando inglês, francês, árabe e wolof, língua falada no Senegal, ele estuda a Língua Portuguesa e já demonstra avanço na aprendizagem.
Meu sonho é compreender a sistemática da economia no Brasil e, no prazo de dez anos, retornar para meu país e trabalhar como funcionário público, usando o conhecimento adquirido aqui para ajudar minha família e meus amigos lá, afirma o senegalês.