Sexo, mentiras e gargalhadas
Espetáculo de Comédia Stand Up é uma promoção do Sesc e acontece neste domingo no auditório do Sindilojas
Um desfile de seis engraçadíssimos personagens, interpretado pelos atores Pablo Capalonga, Paulo Adriane e Claudio Benevenga, acontece com a apresentação da comédia Sexo, Mentiras e Gargalhadas. Durante a peça os três atores se revezam em tipos cômicos de personagens, como a apresentadora de televisão e sexóloga Shana, o nerd Rogério, a idosa Isolina na sua radical mudança de estilo de vida, o ingênuo garoto de programa Joselito em sua busca pelo estrelato nos palcos da noite, a fogosa mulata e madrinha de bateria Rosimar e suas aventuras pelo mundo e o aspirante a cantor Stevenson do Cavaco no lançamento de seu primeiro CD.
O espetáculo acontece neste domingo, dia 29, a partir das 20h no auditório do Sindilojas de Farroupilha e é uma promoção do Sesc, dentro do roteiro de apresentações pelo Estado.
As histórias garantem diversão e muitas gargalhadas. O espetáculo é um verdadeiro show de humor durante setenta minutos. Com suas divertidas histórias e mentiras, estes carismáticos tipos, garantem muita diversão e muitas gargalhadas, num espetáculo totalmente leve, inovador e muito divertido, que tem no encerramento um grande número musical feito ao vivo pelos três atores, com música, coreografias, gelo seco e efeitos especiais de iluminação.
Sexo, mentiras e gargalhadas é um espetáculo teatral do gênero Stand Up Comedy, ou seja, a cada vez, um ator ocupará o palco e, atrás de um microfone, entreterá o público de alguma forma: contando uma história cômica, conversando, cantando, fazendo alguma mímica, etc. Como o próprio nome já diz, as histórias têm como eixo o tema sexo e mentira, sendo ambos direcionados a fim de obter, do público, o riso, a gargalhada. Na introdução, a Mamma Gioconda Ravioli, avisa: é um espetáculo cheio de palavrões e bandalheiras. Ela, que já assistiu, não recomenda. Enquanto isso, ouve-se, entre outras pérolas, uma música dos Mamonas Assassinas, um grupo que ficou bastante conhecido no lançamento do seu único disco (antes de todos da banda falecerem num desastre aéreo em 1996) em que todas as músicas eram debochadas, preconceituosas, irônicas e, sobretudo, engraçadas. Esse é o panorama estético que a produção apresenta ao público que ainda espera o espetáculo começar.
No agrado popular
O espetáculo se apresenta como um Stand Up Comedy e é um Stand Up Comedy. Diz que vai haver palavras de baixo calão e, sim, elas existem no texto. As histórias, sim, têm algum componente sexual ou de mentiras em suas estruturas. As trilhas dos Mamonas Assassinas e da Gretchen combinam com as expressões politicamente incorretas ditas nesse espetáculo que é debochado, irônico e engraçado.
Paulo Adriane tem as duas construções das três mais carismáticas. Sua sexóloga Shana abre o espetáculo interagindo com o público e alternando momentos de exposição dos tabus e um certo pudor com o qual a plateia mais tradicional se identifica. Sem a agressão temida desse tipo de personagem, o ator explora a feminilidade da personagem e cria um ambiente acolhedor para a peça que começa em ritmo frenético.
Seu segundo personagem, o quarto a aparecer em cena, é Joselito, um artista. Pobre, do interior, feio e mirrado, ele conta suas mazelas e desperta em nós um certo apreço. Quando sua história atinge o sucesso, sua narração deixa claro os motivos dessa conquista. Paulo Adriane exibe seu talento em construir personagens, esses expressos com cores bem marcadas: sua voz, seu corpo, seu movimento é diferente em cada um deles.
Pablo Capalonga é o responsável pela construção de Dona Isolina, outra das personagens interessantes do espetáculo. Aos 80 anos, ela entra aparentemente presa a uma bolsa de soro. Então, descobrimos que é uma farsa: ela não está doente, nem sua idade é limitadora como pré-concebemos a partir de sua figura.