Sindicato dos Médicos ameaça paralisar PA

Médicos do Pronto Atendimento poderão entrar em greve. A situação será discutida em assembleia na próxima terça, dia 6, na sede do sindicato, em Caxias

Dieverson Colombo

O Sistema Único de Saúde (SUS) do pronto-atendimento (PA) do Hospital Beneficente São Carlos, em Farroupilha, pode entrar em greve. A ameaça foi feita pelo presidente do Sindicato dos Médicos de Caxias do Sul e região, Marlonei Silveira dos Santos, na manhã da última segunda, dia 28 de novembro.

A ala do SUS só atenderia urgências e emergências. As reivindicações da categoria são revisão da carga horária, salários e melhores condições de trabalho. O presidente do hospital, Milton de Souza, garante estar pagando os médicos, conforme a base da região.

O presidente do Sindicato dos Médicos de Caxias do Sul, Marlonei Silveira dos Santos, disse que a situação do Hospital São Carlos é precária. O doutor ressaltou que deve haver um entendimento entre a prefeitura e o hospital.
Na próxima terça-feira, dia 6 de dezembro, haverá uma assembleia dos médicos na sede do sindicato, em Caxias do Sul, para definir essa situação. O Hospital Beneficente São Carlos representado por Luciane Fátima Sperling, a nova diretora e o Sindicato dos Médicos de Caxias do Sul, representado pelo seu presidente, Marlonei Silveira dos Santos, discutirão o assunto, onde também será apresentada a proposta do hospital. “Conversarei com todos os médicos que atendem aqui, para chegarmos a um consenso e elaborarmos uma proposta a eles e ao Sindicato. Faremos o máximo para evitar a paralisação, pois os maiores prejudicados, seriam os pacientes”, explica Luciane.
Se a opção for pela greve, ela não será imediata. Por lei, é obrigado esperar três dias para o início. “Não queremos briga. Só queremos um reajuste. Certamente os pacientes sairiam prejudicados, pois só 20% dos pacientes serão atendidos”, explicou o Presidente do Sindicato.

O prefeito Ademir Baretta disse que o hospital é uma fundação privada e discordou que as condições de trabalho sejam precárias, mas respeita a opinião do presidente do Sindicato. “Temos que saber quais as condições. Não adianta só dizer que a situação está precária”.

O presidente do hospital, Milton de Souza considerou natural a reivindicação do Sindicato e não acha as condições do hospital precárias. “Vamos ver o que é possível fazer. Buscaremos o melhor. As nossas condições são adequadas”.