“Solidariedade não tem partido político”
A expressão utilizada por Maria Helena Sartori, em palestra na cidade na semana passada, cabe perfeitamente à Francis Somensi. Primeira dama do município aos 34 anos, a farmacêutica empenha-se em projetos da atual administração
Poder ouvir pessoas atuantes em nossa sociedade, em nosso estado é sempre muito inspirador! Na semana passada, Maria Helena Sartori, a primeira dama do estado, esteve em Farroupilha palestrando sobre as ações do Gabinete de Políticas Sociais. A plateia, composta em sua maioria por mulheres, surpreendeu pela quantidade de pessoas e pelo interesse em descobrir o que ela tinha a compartilhar.
Com muita desenvoltura, a senhora Sartori falou sobre as medidas que têm obtido bons resultados no estado, como o PIM – Primeira Infância Melhor, a Cipaves – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Violência Escolar, o projeto Escolha o Destino, o catálogo de ações sociais desenvolvidas pelas secretarias do estado, a campanha do agasalho, o Mamamóvel, entre outros.
Fez declarações sobre números, falou sobre a necessidade de fazer mais com menos, parafraseando o marido. O Rio Grande do Sul está numa situação financeira difícil! Chegou ao fundo do poço, mas tem que sair, afirmou.
No conteúdo de sua explanação, ressaltou a importância do papel das primeiras damas dos municípios gaúchos, as protagonistas da solidariedade. Deixou de comentar que a nossa primeira dama, Francis Somensi, esteve em Brasília participando do Primeiro Encontro das Primeiras Damas, cujo tema central era o câncer de mama. Fomos a Brasília, munidos de números das nossas necessidades e tentamos buscar subsídios, mas confesso que foi meio frustrante. Estamos encontrando outros caminhos para a aquisição do mamógrafo, comentou Francis.
Para a jovem esposa do prefeito Claiton Gonçalves, a expressão utilizada por Maria Helena Sartori, protagonista da solidariedade, cai muito bem, ainda mais neste início bem-sucedido da Solidare, a farmácia solidária organizada por ela, com o auxílio de muitas pessoas e com a colaboração da população.
Farmacêutica por formação, ela está muito à vontade na execução deste projeto. “Estou muito tranquila com isso porque farmácia é a minha vida!”
Há muito a fazer, o que gera certa angústia, mas não estou sozinha. Todas as ações são encabeçadas por gente realmente disposta a ajudar, diz.
Em Farroupilha
Falando em ações, já que as do Estado foram divididas conosco, aquelas que têm o envolvimento da primeira dama de Farroupilha apresentam bons resultados, como o projeto Querer Bem, que com o auxílio da renda do Jantar do Peixe aumentou o número de fraldas produzidas e entregues à população carente e a confecção dos uniformes da Escola dos Anjos que será feita pelas costureiras voluntárias, um grupo que existe há 53 anos.
Acredito que quando nascemos já existe uma história escrita para nós por um ser superior e se estou aqui hoje é porque posso fazer alguma coisa. Nunca pensei em ser primeira dama porque política era algo muito distante das nossas vidas. Então me sinto na obrigação de contribuir, sem estrelismos. Não sei do futuro, porque a Deus pertence, mas sofro em pensar que nem sempre os governantes que assumem têm a humildade de continuar projetos iniciados e que dão certo, confessa. Envolvida em seu papel de primeira dama na Solidare, na organização do almoço benefi cente que irá acontecer no dia 2 de agosto e no próximo Jantar do Peixe, Francis ainda comanda duas farmácias ? uma aqui e outra em Bento Gonçalves, para onde vai quatro vezes por semana ? canta no coro da Tramontina, joga vôlei semanalmente e é mãe de Maria Luiza, de 7 anos e João Pedro, 6! Tempo livre é raro. Passo pouco tempo com as crianças, mas penso na qualidade, já que quantidade não tenho. Às vezes estamos assando uma nega maluca às 11 da noite!, diz.
Francis expõe sua rotina com uma fala objetiva e rápida. Sou assim, agitada e ativa. Preciso ser organizada porque há muita coisa em minha cabeça! Gostaria de ser uma pessoa mais ligth porque sofro muito por preocupações. As pessoas acabam me achando brava, analisa sobre si mesma. Fala sem problemas sobre todos os assuntos, mas a naturalidade some para um passeio se precisar falar em público. Não me sinto muito à vontade para falar em público. Prefiro cumprir meu papel sem me expor. Este período do Claiton na política tem me proporcionado um crescimento pessoal muito grande, admite.
O casamento
Casada com Claiton desde 2004, a moça natural de São Jorge do Oeste, no Paraná, veio a Farroupilha por causa de um emprego em uma rede de farmácias. Formou-se em Pelotas e veio para a Serra trabalhar.
Eu estava recém-formada e conhecia poucas pessoas por aqui. Tentei marcar uma consulta ginecológica e não consegui. Por coincidência, naquele dia, mais tarde, encontrei o Claiton na locadora de vídeos e nos falamos. Comentei sobre a dificuldade da consulta e ele me encaixou logo. Este foi nosso primeiro contato. Só começamos namorar dois anos mais tarde e em um ano e meio noivamos e casamos, recorda-se.
Tornou-se primeira dama aos 34 anos. Nossa vida mudou demais depois disso! As amizades que temos são muito diferentes das de antes. Procuro acompanhá-lo nesta jornada, fazendo o meu papel. O Claiton pensa em coisas grandes, em projetos para anos. Não sei o que vai acontecer no futuro, mas acredito que solidariedade não tem partido político, revela a esposa.
O aprendizado que Francis Somensi vivencia como primeira dama certamente vai levar consigo para o resto da vida.