Trabalhando a Consciência Negra
Escola Municipal Senador Teutônio Vilela desenvolve durante todo este mês, atividades sobre o Dia da Consciência Negra, comemorado no último dia 20

Tatiane De Bastiani
A Escola Municipal Senador Teutônio Vilela, está promovendo durante todo este mês, o projeto ‘Dia da Consciência Negra’. O objetivo é poder transmitir maiores conhecimentos sobre a cultura africana e diminuir os preconceitos e racismos dos jovens. No começo eles se chocaram um pouco com o assunto, mas agora estão se adaptando muito bem. Acredito que muitos tenham se identificado com o tema, conta Carla Cristina Dal Vesco, vice-diretora da Escola.
Segundo a legislação de número 10639, do ano de 2003, todas as Escolas devem ter como proposta pedagógica, o aprendizado sobre a história e cultura Afro Brasileira. A Escola Senador Teutônio Vilela, pelo primeiro ano desenvolve este assunto com seus alunos de uma forma tão grandiosa.
Localizada no Bairro Industrial, a Escola possui uma grande miscigenação. Alguns alunos, inclusive, são naturais do estado da Bahia e de Piauí. Muitos vivem em condições precárias, por isso também, o assunto que lembra muito o preconceito, foi destacado.
Os trabalhos são interdisciplinares, com confecções de máscaras, produção de diferentes gêneros textuais, painéis, pesquisas, músicas, contação de histórias e aprendizados em literatura e culinária, entre outros. Todos os professores estão envolvidos no projeto, que segundo Carla, vem dando muito certo.
História do Dia Nacional da Consciência Negra
Esta data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também uma forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Os negros africanos colaboraram muito, durante a nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país.