Um convite

Casa, trabalho; trabalho, casa. A maioria de nós acaba nesta rotina, repleta de tarefas a serem realizadas, sem nos darmos

Casa, trabalho; trabalho, casa. A maioria de nós acaba nesta rotina, repleta de tarefas a serem realizadas, sem nos darmos conta de que, às vezes, um convite aceito pode representar uma oportunidade de expandirmos nossa visão – e as possibilidades para nós mesmos.

Estava meio preguiçosa em casa, em pleno domingo de tempo fechado. Decidida a ficar por ali, quando fui vencida pelos convites incessantes para ir à igreja, na qual, especificamente naquela noite, um missionário falaria de seu trabalho em algum país da Ásia Central. Ainda bem que fui.

Conhecendo um pouco da ação daquele homem que se mudou para um lugar distante e foi colocado à prova diante das mazelas de um mundo ainda ignorante, acabei me questionando: como é possível ficarmos limitados, sem nos darmos conta de que podemos ser necessários em tantos lugares, em tantas tarefas?

Sempre pensei que logo ali na frente – quando estiver com as filhas criadas e velha demais para somar outras atribuições no mercado de trabalho – me sobrariam os livros e os filmes, além da escrita que pretendo manter até quando for possível. Tem muito além disso.

Podemos sim desenvolver trabalhos que melhorem significativamente a vida de outras pessoas. Isso não tem nada a ver com religião, mas com amor ao próximo, seja lá qual for a forma de se religar a Deus que você possua. A minha forma tem nome e foi o maior exemplo de humildade e força que já passou pela Terra.

Quando enxergamos as possibilidades que podem nos aguardar no futuro, não existe receio quanto a ele. Nem de envelhecer, nem de enfrentar o ninho vazio, nem de se aposentar (se é que vamos conseguir). 

Existe muito a ser feito. O mundo é grande e carente de todo o amor que a gente traz dentro da gente, independente dos talentos que desenvolvemos. 

Se duvida, pesquise, pergunte, vá atrás. Um novo amanhã sempre pode ser planejado e às vezes, ele começa com um convite aceito. Aceita o meu?