Como tudo começou

Norte da Itália, foi por ali que tudo começou, a praga do coronavírus, no país itálico, cientificamente denominado como Covid-19.

Norte da Itália, foi por ali que tudo começou, a praga do coronavírus, no país itálico, cientificamente denominado como Covid-19. O início foi na rica cidade de Milão, epicentro da trágica infecção viral, estendendo-se por toda região nortista, atingindo várias cidades, inclusive Bergamo, 1,1 milhão de habitantes. A cidade foi contaminada de forma inusitada, origem de um resultado de uma partida de futebol.  Atalanta, o clube da cidade de Bergamo, participante do campeonato italiano de futebol da Série A, deslocou-se até Milão (60 quilômetros) para jogar diante do Valência (Espanha) pela Liga dos Campeões, meados do mês de fevereiro. Vitória sensacional e histórica, uma epopeia do time de Bergamo pelo placar de 4×1. Aproximadamente 45 mil torcedores deslocaram-se para acompanhar a equipe. Eufórica goleada, beijos e abraços, alegria contagiante, como também é contagiante coronavírus. Dezenas de milhares de fanáticos retornaram e tornaram-se o meio condutivo do vírus para a região da Lombardia com mais de 10 milhões de habitantes. Uma vitória que causou imensa derrota, do sublime ao trágico. Foi na Itália, que o mundo estarrecido, pela primeira vez, viu aquelas cenas chocantes que antecederam e se repetiriam em muitas outras regiões, em todo o mundo: aquela procissão lúgubre, com caminhões do exército, carregados de cadáveres, em direção ao crematório. Para evitar mais contaminações ficou proibida a liturgia cristã de um velório e a despedida final. No começo, lamentável foi a ausência do poder governamental em não tomar providências para conter a pandemia. Reconhecendo o erro tomaram medidas radicais, pois perceberam não se tratar de um resfriadinho. Foram milhares de vítimas. Na Espanha tudo começou no final do mês de janeiro e por lá também as autoridades demoraram a decidir por implacáveis e radicais atitudes. Quando surgiu o primeiro caso do médico italiano infectado, de férias em Tenerife, iniciou-se o surto em território espanhol. Autoridades espanholas acreditavam tratar-se de uma gripezinha, não era. Demoraram em tomar decisões, quando mais de 100 mil pessoas já estavam contaminadas mundo afora. Nem todas as autoridades e pessoas deram a devida importância e tiveram a consciência do que ocorria, já prognosticando Essa situação dramática não impediu que em Madri acontecessem manifestações, em vias públicas, comemorando o Dia Internacional da Mulher, que reuniu 120 mil pessoas para protestar, paradoxalmente, contra a letalidade da doença. No Chile, quando todos estavam apreensivos com o coronavírus, mais de 2 milhões de chilenos alienados, reuniram-se para exigir o fim da violência de gênero. Na cidade do México passeatas aconteciam, reivindicando alguma coisa, sem problemas, pois naquele momento a capital mexicana tinha registrado somente duas mortes entre os sete casos de coronavírus. As aglomerações proporcionaram aos milhões de organismos hospedeiros a fácil contaminação da moléstia. Ao que parece a fase pior na Europa foi superada. Presidentes, primeiros ministros, prefeitos, dos países europeus, resignadamente pediram desculpas as suas populações pelos erros cometidos, principalmente por não terem tomado as necessárias providências ao começo da pandemia. 

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