A coreografia do sucesso

O nome do município é levado aos mais importantes festivais de dança do país por uma escola cujo forte é o Jazz. Especialmente neste dia, um pouco mais da disciplina premiada de Fabiana Corá

| Claudia Iembo
| Especial

Sexta-feira é o dia especial da semana. E hoje, 29 de abril, há ainda mais motivos para atribuir música e movimento a ela porque é o Dia Mundial da Dança! A data foi instituída pelo Comitê Internacional da Dança da Unesco, em 1982. Em Farroupilha, diversos nomes estão ligados com expressividade à arte. Um deles: Fabiana Corá.

Há 20 anos Fabiana comanda a coreografia de sua premiada escola Fêmina, que costuma levar a melhor nos concursos dos quais participa pelo país, tais como Brasil em Dança, Bento em Dança, Joinville em Dança – considerado o mais importante festival de dança do país – e Sul em Dança, do qual foi a melhor escola do estado por três anos consecutivos!

Tanta premiação é resultado de bastante exigência e disciplina. Sou brava mesmo! Exijo o melhor das alunas porque encaro a dança de forma profissional, afinal quando se ensaia de 15 a 20 vezes por semana uma coreografia, é profissão. Há desgaste sim, mas há recompensa, entrega a professora.

Três dias da semana são dedicados a ensinar e os outros dois a aprender. Eu também danço porque não posso parar. Preciso me aperfeiçoar constantemente para transmitir o melhor. Não entendo como as pessoas não dançam, diz Fabiana.

A Fêmina é a segunda casa de 130 alunas dedicas ao Jazz, além das crianças de dois a cinco anos do Ballet.
A arte está no sangue de Fabiana, que começou aos cinco anos e não parou mais de dançar. Hoje, aos 40, continua a rotina intensa de movimentos e preparação para os festivais dos quais participa com suas alunas.

Não é trabalho, é divertimento porque muda uma coreografia, a gente vive outra vida. Não existe mau humor na dança e cada dia é um desafio. A dança faz bem para o corpo, para alma, para a vida, resume.

Quem aprende com ela, concorda. Dança para mim é tudo! Com ela aprendi a me concentrar e a encontrar alívio para quando não estou bem, ou estressada, confessa Laura Finokiet, 12 anos e há um, aluna de Fabiana.
Segundo a menina, quando começou a dançar era descoordenada, mas aprendeu até mesmo a ser mais responsável por causa das cobranças que fazem parte da dança, afinal, ela faz parte do grupo que vai para os palcos.

Afirmo sem dúvidas que quem começa cedo a dançar torna-se um adulto bem mais resolvido e seguro porque tudo aquilo que não consegue falar, expressa pelo movimento. Existe a possibilidade de ser várias pessoas dançando e isso é incrível!, complementa a professora.

Fabiana está focada em fazer com que em agosto suas bailarinas estejam em seus ápices, pois será quando participarão do primeiro concurso do ano, o Sul em Dança. Quando alguém pisa no palco, não quer mais sair, assegura.

Ainda assim, para aquelas pessoas que querem aprender a dançar, mas não gostam de competir, existe a possibilidade do ingresso em grupos que não participam dos concursos.
Qualquer pessoa pode dançar, garante quem entende do assunto.