No Dia Internacional da Cerveja, Sebrae RS mostra sua força

Em quatro anos de atuação no segmento das cervejas, o Sebrae RS já atendeu mais de 100 cervejarias com projetos, consultorias e eventos

Sexta-feira. Só isso já seria suficiente para abrir uma cerveja, para muitas pessoas ao redor do mundo. Soma-se ao dia da semana, a comemoração: Dia Internacional da Cerveja, data criada na Califórnia (EUA) em 2008, celebrada na primeira sexta-feira do mês de agosto, em pleno verão do hemisfério norte. 

Verão lá, inverno aqui, o que não compromete a produção da bebida, já que segundo dados de uma matéria publicada pelo site G1, o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking dos países produtores de cerveja, ficando atrás da China e dos EUA. No entanto, está na 26ª posição em relação ao consumo per-capita, com 67,7 litros por ano, em média. A campeã isolada é a República Tcheca, com 142,4 litros por pessoa, ao ano!

Do terceiro lugar ocupado na produção pelo país, muito se deve ao estado do Rio Grande do Sul, onde, em 2018, houve o registro de 186 novas cervejarias, sendo que a capital gaúcha registrou 465 novas marcas de cerveja, tornando-se a cidade brasileira com mais registros de novos empreendimentos, segundo o Anuário da Cerveja no Brasil, divulgado pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA). 

Em nosso Estado, o Sebrae RS tem vários projetos que ajudam a promover esse segmento, desde 2015. Nestes quatro anos, a entidade já atendeu mais de 100 cervejarias com projetos, consultorias e eventos. “Tudo começou quando vimos que havia um movimento, uma tendência mundial em alimentos e bebidas, de comer e beber de estabelecimentos mais próximos da nossa casa, do nosso trabalho e as cervejarias começaram a procurar o Sebrae. Identificamos neste momento que havia um nicho de empresas que atuaria no Estado, dentro desta tendência: a cerveja artesanal”, explica Francine Oliveira Danigno, gestora de projetos do Sebrae/RS no seguimento de cervejas artesanais.

Conforme a visão dela, os empresários de hoje são pessoas que começaram a fazer cerveja de modo caseiro. “De modo geral são pessoas jovens, que já tiveram alguma oportunidade de trabalho em suas áreas de atuação, começaram a fazer cerveja de modo caseiro, participando de Acevas (Associação de Cervejeiros Caseiros) e se apaixonaram pelo hobby.  Alguns deles, antes de abrirem, fizeram cursos profissionalizantes, dentro e fora do país. E assim surgiram algumas cervejarias’, resume.

De acordo com a opinião de Francine, entrarão outras poucas cervejarias ainda no mercado do estado. O motivo é simples. “Precisamos ter um avanço econômico antes – melhorar o emprego e renda das pessoas -, assim elas se disponibilizarão a gastar dinheiro com experiências gastronômicas e provar novos rótulos. Beber cerveja artesanal ainda é caro porque as empresas têm altos custos com insumos de qualidade, o que justifica a quantidade de premiações das cervejas artesanais gaúchas, aliada à alta carga tributária, que é bem elevada”, revela a gestora de projetos.

A trajetória do Sebrae RS com cervejarias começou com o projeto Polo Cervejeiro no RS. Em 2017 e 2018, o projeto foi destinado para o crescimento e o posicionamento das marcas. Agora, o cenário é outro. “Para este momento, é preciso ter muita gestão do negócio: não basta fazer uma cerveja boa, tem que cuidar dos números, do relacionamento com o cliente e da agregação de valor que a marca traz ao consumidor. Acredito que tenhamos uma retomada da economia e com isso, as marcas gaúchas que perseverarem também poderão aproveitar o momento e crescer”, prevê a gestora de projetos do Sebrae RS.

Diante da perspectiva de quem entende do assunto, nada melhor do que celebrar a data. A bebida nem precisa dizer qual é. Saúde!