Mais um passo para a instalação da UFRGS

Amesne entregou relatório para Universidade com detalhes das potencialidades da região. Próximo passo é analisar o projeto político-pedagógico

Dieverson Colombo

Na manhã de quinta, dia 5, no Farina Park Hotel, em Farroupilha, ocorreu uma reunião entre a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) e prefeitos da região. Na ocasião, um relatório foi entregue ao vice-reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Rui Oppermann, e representantes dos municípios.

No documento estão detalhadas potencialidades socioeconômicas da região, além de informações sobre a atual oferta de cursos e instituições de ensino superior na Serra Gaúcha. Também foram anexados perfis das cinco cidades que se candidataram a receber o campus: Farroupilha, Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Garibaldi e Veranópolis. A próxima etapa é definir o projeto político-pedagógico.

O presidente da Amesne e prefeito de Veranópolis, Waldemar de Carli, exaltou a importância da mobilização para trazer um campus para a Serra continuar e disse que o melhor é tomar uma decisão ainda neste ano. “Na minha opinião, temos que contemplar não uma, mas duas regiões e ter cursos temáticos em cada local”, afirmou ao defender que duas cidades sejam contempladas com campi da UFRGS.

Embora a localização pareça ser o motivo de maior discussão, o vice-reitor da UFRGS considera que este aspecto esta sendo supervalorizado. Segundo ele, qualquer cidade está apta a receber o investimento e esta definição deve ocorrer por critérios técnicos e não por jogo político. Para ele, o mais importante é trabalhar para que a extensão tenha um projeto político-pedagógico em acordo com as necessidades da região.

Segundo Oppermann, a intenção é que este projeto político-pedagógico esteja pronto antes de setembro, quando termina o mandato da atual reitoria da UFRGS, caso não ocorra reeleição. “Em relação aos cursos, primeiro temos que saber como o campus vai funcionar, quais cargos, funções. Alguma área dentro de outra, por exemplo, alguma área dentro da biologia molecular pode servir como um curso. O curso é a parte final do processo político-pedagógico”. Oppermann ressaltou que inicialmente não é possível a instalação de dois campi em localidades diferentes. “Primeiro vai ter que ter só um. Isso não quer dizer que possa ter em outros lugares. Isso é possível. Mas tem que começar apresentando um lugar”. O vice-reitor esclareceu ainda que o futuro campus deverá ser temático. Ou seja, focado nas necessidades e capaz de desenvolver as potencialidades da região.

O deputado federal Assis Melo (PC do B), um dos pioneiros na luta da extensão da UFRGS na Serra, esteve presente e ressaltou a importância da mobilização e da realização desses eventos. “Isso foi a principal marca. É uma bandeira que mobilizou a região como um todo e a sociedade”.

A definição da localização da UFRGS será feita em parceria entre a instituição de ensino superior e a Amesne. O Ministério da Educação exige que a decisão seja justificada.