Na mochila: informações e estímulos. Pode vir 2020!

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Farroupilha (Sismuf) realizou uma tarde para dar as boas-vindas ao ano letivo

Depois das férias, merecidas, a educação municipal e estadual retoma as atividades na próxima semana e como boas-vindas ao ano letivo, na última quinta-feira, 13 de fevereiro, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Farroupilha (Sismuf) promoveu uma tarde de informações aos servidores que atuam nas escolas da cidade e também ao público em geral. 

O auditório do Centro de Ensino Superior de Farroupilha recebeu os profissionais interessados em descobrir mais sobre os temas propostos pelos palestrantes convidados: Nalú Farenzena, Doutora em Educação, e Frei Jaime Bettega, Doutor em Administração de Empresas, que falaram respectivamente sobre “A importância do FUNDEB para a remuneração dos professores” e “Educação: sonhos e desafios”.

“O Sismuf vem, desde o ano passado, buscando integrar-se mais à comunidade de Farroupilha e aproximar-se mais dos associados. Isso significa envolver muitas reuniões setorizadas e também eventos como esse que objetivam discutir temas que tem impacto na vida do servidor. Já discutimos reforma da previdência, em abril será debatido questões sobre segurança do trabalho e, agora, aproveitando o momento, foram debatidos esses dois temas”, disse o presidente do sindicato, professor Diego Tormes.

O momento oportuno é o início do ano letivo e a ocasião é a indicada para falar sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), pois ele está com os dias contados. “Ele termina em 31/12/2020 e o governo federal não está debatendo o assunto. Esse fundo paga mais de 80% das despesas com educação, entre elas os salários. Sem o Fundeb não tem carreira, não tem salário e não tem piso nacional do magistério. Foi preciso explicar isso para os colegas e para a comunidade para que se entenda a importância do fundo e a inércia dos governantes,” ressaltou Tormes.

E quem explicou foi a doutora em educação Nalú Farenzena, que expôs a importância do Fundeb para o financiamento da educação brasileira e principalmente para a remuneração dos professores. “O financiamento da educação interessa também aos educadores, considerando que no Brasil muitas das conquistas que se tem hoje, de melhorias no financiamento da educação, também se deveu à luta, às reivindicações de entidades ligadas aos profissionais da educação”, comentou.

Ela falou sobre a tramitação, no Congresso nacional, da criação de um fundo permanente para a educação básica, já que o Fundeb vai terminar. “Pensar no fim do Fundeb é pensar no prejuízo para todos os beneficiados e estamos falando de 42 milhões de alunos, mais de 20% da população brasileira”, informou.
Munido de informações pertinentes ao universo de atuação, o público participante pode absorver os estímulos compartilhados pelo Frei Jaime. Tudo bem ao estilo do frei: leve e descontraído.

Falou sobre sonhos, desafios, escolhas. “A educação trabalha com sonhos e acontece numa realidade de desafios e o profissional da educação precisa estar encantado como ser humano. O início do ano letivo é momento de retomar o encantamento, o acreditar no potencial humano para poder realizar o sonho da educação”, afirmou o frei.

Ações como esta, proporcionada pelo Sismuf, geram resultados que vão além de informar. “As palestras serviram como alerta, esclarecendo pontos que têm impacto na vida dos servidores, além disso colaboram para que o SISMUF fique mais presente na comunidade e comece a construir outra imagem do sindicato e do movimento sindical”, finalizou Tormes.
O Hospital Beneficente São Carlos também foi beneficiado, pois recebeu a arrecadação de leite e óleo, que foram o ingresso para a tarde, edificante, por sinal. Que venha 2020!
 

Frei Jaime

“Feliz do professor que sabe aprender! O professor tem que ser exemplo de aprendiz, só assim vamos dar conta de uma sala de aula”.

“Em muitas escolas o problema não são os alunos, é a fofoca na sala dos professores”.

“A grande maioria dos nossos alunos é carente afetivo. Eles precisam de toques e precisamos chamá-los pelo nome, mas a gente continua aprendendo o nome daqueles que incomodam”.

“Não existem caminhos sem pedras. Se a gente escolheu ficar na sala de aula, apesar do parcelamento, precisamos de uma educação integral: física, emocional e espiritual”.