Paralisação das escolas estaduais
Olga Ramos Brentano e São Tiago não tem aula desde a última quarta-feira. A paralisação se deve principalmente a exigência do cumprimento da lei do piso nacional
Tatiane De Bastiani
Nesta última quarta-feira, dia 14, muitas escolas da rede pública em todo o estado e até mesmo no país, paralisaram suas atividades. No nosso município, foi o Colégio São Tiago quem primeiramente aderiu a paralisação.
O motivo é o não cumprimento do pagamento do piso nacional da categoria. No dia 27 de fevereiro deste ano, o Ministério da Educação (MEC) anunciou o novo valor do piso nacional do magistério, com reajuste de 22%, passando a de R$ 1.451,00, mas segundo levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), apenas alguns estados pagam o valor devido.
O nosso estado, que também não está pagando o valor devido, teve nova proposta apresentada pelo governador Tarso Genro, de pagar R$ 1.260,00 até 2014, o que foi recusado pela categoria.
Para relembrar
Quando Ministro da Justiça em 2008, Tarso Genro assinou a lei do piso e, quando era candidato ao governo, disse que iria cumprir este lei, sem mexer no plano de carreira, mas a realidade é outra. O estado do Rio Grande do Sul,é o estado que menos paga aos educadores, chegando ao mínimo de R$ 800,00.
Manifesto na casa do governo
Nesta sexta-feira, dia 16, professores pretendem reunir-se em frente a Palácio do Piratini, para reivindicar pelos seus direitos. A categoria exige salário conforme o piso e também, investimento mínimo de 10% do Produto Interno Bruto (PIB), em educação.
Nos estados de Goiás, Rondônia e Piauí, onde o valor do piso também não é pago, a paralisação teve início em fevereiro e no Distrito Federal, a mobilização foi iniciada na última segunda-feira, dia 12.
Situação municipal
No nosso município, algumas escolas aderiram outras preferiram manter as atividades. Segundo Clarice Baú Porto, diretora do Colégio Estadual Farroupilha, a instituição decidiu por manter as atividades, pois os professores estão descrentes de que a paralisação resolva a situação. Já Eglai de Souza Burin, diretora do Colégio Estadual São Tiago, comentou que este é o momento de reivindicar e que isso deveria ser visto como uma obrigação pelos professores. A Escola Estadual Júlio Mangoni, manteve suas atividades, mas o seu diretor Moacir Machado, disse ser a favor da paralisação. Eu sou a favor, mas o meu voto é só mais um. Quem decidiu foram os professores, por votação. A Escola Estadual São Pio X fez uma manifestação na Praça da Bandeira com caminhada pelas ruas mais próximas, na parte da manhã da quinta-feira, dia 15, com participação de alunos e professores.
Escolas Datas
14/03 15/03 16/03
Escola Estadual Antonio de Souza Neto Aula normal Aula normal Não terá aula
Escola Estadual Carlos Fetter Aula normal Aula normal Aula normal
Colégio Estadual Farroupilha Aula normal Aula normal Aula normal
Escola Estadual Júlio Mangoni Aula normal Aula normal Aula normal
Escola Estadual Olga Ramos Brentano Não teve aula Não teve aula Não terá aula
Escola Estadual Padre Rui Lorenzi Aula normal Aula normal Aula normal
Escola Estadual São Pio X Aula normal Aula normal* Não terá aula
Colégio Estadual São Tiago Não teve aula Não teve aula Não terá aula
Escola Estadual Vivian Maggioni Aula normal Aula normal Aula normal**
*Esta Escola promoveu neste dia, pela manhã, uma manifestação no centro do município
**Somente alguns alunos foram dispensados, por terem aulas com professores que aderiram a paralisação por outra instituição