Presidente Lula anuncia hospital de campanha, sala de situação e outras ações em socorro ao Rio Grande do Sul

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve nesta quinta-feira, 2 de maio, em Santa Maria, na região Central do

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve nesta quinta-feira, 2 de maio, em Santa Maria, na região Central do Rio Grande do Sul, para prestar solidariedade às famílias e acompanhar de perto a grave situação dos municípios atingidos por fortes chuvas e enchentes. Lula se reuniu com o governador Eduardo Leite, prefeitos, ministros e demais representantes de órgãos federais e estaduais. Ao final, aconteceu uma coletiva de imprensa para informar o que já foi feito e ainda será realizado pelo governo federal para ajudar o estado, que enfrenta o seu maior desastre climático.

Conforme o presidente, não faltarão recursos no socorro à população e na reconstrução de municípios. “Vim ao Rio Grande do Sul em solidariedade às famílias atingidas. O governo federal fará de tudo para ajudar os governos municipais e estaduais. E eu fiz questão de trazer meus ministros para que todos se comprometam com a população nas ações de solidariedade às vítimas das fortes chuvas”, afirmou o presidente.

Entre os anúncios da comitiva liderada por Lula está a instalação, ainda nesta quinta, de um hospital de campanha em Lajeado, um dos municípios mais atingidos pelas cheias e que se encontra sem energia e com hospitais fechados, no Vale do Taquari. Segundo as Forças Armadas, a unidade hospitalar segue do Rio de Janeiro para Canoas e, posteriormente, para Lajeado. O módulo conta com enfermaria, 40 leitos, dois consultórios para atendimento e um para triagem. Além do hospital de campanha, foram empregados cerca de 600 militares no apoio às vítimas das enchentes em 19 municípios do estado. Além disso, será instalada uma sala de situação para acompanhar as ações do governo federal.

A agenda também contou com a participação dos ministros Rui Costa (Casa Civil), Renan Filho (Transportes), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), Jader Filho (Cidades), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação), além do comandante do Exército, general Tomás Paiva, do chefe do gabinete do Comandante da Aeronáutica, Major-Brigadeiro do Ar Antonio Luiz Godoy Soares, e do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto.

Pretto informou que a Conab e o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) estão à disposição para ajudar a população com a doação de alimentos. “A gente está no aguardo da demanda que o Rio Grande do Sul irá precisar de alimentação. Nós estamos preparados para agir, para colocar aqui o alimento necessário para as pessoas que estão nessa situação”, destacou.

Auxílio

Desde o início da crise, o governo federal já se mobilizou, via Defesa Civil Nacional e Ministério da Defesa, no socorro emergencial. O apoio operacional das Forças Armadas tem auxiliado as ações de busca e resgate de vítimas e a desobstrução de estradas, além de distribuição de alimentos, colchões, água e a montagem de postos de triagem e abrigos.

Duas aeronaves da Força Aérea Brasileira já operam na região e outras duas do Exército se deslocaram. O Ministério da Defesa solicitou outras oito. Segundo números atualizados nesta quinta, o efetivo das Forças Armadas foi ampliado de 335 para 626 militares. A pasta já forneceu 45 viaturas e 12 embarcações.

Calamidade

O governador do Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública nesta quarta-feira (1º), em face dos estragos causados pelos eventos climáticos. O reconhecimento já ocorreu por parte do governo federal. As aulas na rede estadual estão suspensas até domingo. Os números divulgados pelo governo gaúcho registram, até o momento, 13 mortes, 9.993 pessoas desalojadas, 4.599 em abrigos e 147 municípios atingidos.