Internet, terreno livre?
Na semana passada vimos que as negociações pelo WhatsApp estão sendo muito utilizadas e que a ferramenta é uma excelente
Na semana passada vimos que as negociações pelo WhatsApp estão sendo muito utilizadas e que a ferramenta é uma excelente opção para um atendimento rápido e personalizado. Seguindo na era da tecnologia, o assunto de hoje são as expressões das pessoas na internet, especialmente nas redes sociais.
Nesta semana, uma funcionária de uma organização não-lucrativa do estado da Virgínia Ocidental nos EUA foi afastada depois de ter feito um post racista no Facebook. O post comentava a vitória de Trump e a autora dizia que estava cansada de ver uma ‘macaca de salto’, referindo-se à Michelle Obama. A postagem (traduzida), dizia: Vai ser renovador ter uma primeira-dama classuda, bonita e digna na Casa Branca. Estou cansada de ver uma macaca de salto. O resultado desse preconceito foi o afastamento da funcionária de seu trabalho. Pessoas que comentaram o post também estão sendo investigadas.
A questão é que, na internet as pessoas acham-se livres para fazer o que quiserem acreditando que estão protegidas pela tela do computador ou do celular. Desse modo, muitas ofensas, juízos de valores, ameaças, agressões verbais circulam diariamente pelas redes sociais. Um exemplo recente foi a vitória de Trump nos Estados Unidos. A repercussão foi muito grande em todo o mundo e no Brasil não poderia ser diferente.
O problema é que existem muitas pessoas que não conseguem emitir opinião com respeito. Muitas vezes, por falta de argumentos, conhecimento e também por falta de respeito com o próximo. Assim, diariamente emitem-se ofensas ao futuro presidente. Ofensas sem fundamento e que são produzidas por pessoas que se sentem ofendidas por ele, então, ao invés de argumentarem para mostrarem que são diferentes, e que conhecem sobre o assunto, simplesmente utilizam palavras de baixo calão para expressarem-se.
Isso sem falar que, nesse caso que peguei como exemplo (caso de Trump), as pessoas não argumentam contra ele (figura pública) e sim ele (como pessoa). Mais um erro de quem quer expor opinião sem respeito ao próximo. Se ele fizer um governo bom ou ruim a argumentação deve ser com relação a ele como gestor público e não a ele como individuo (mesmo que as duas pessoas não se separem). O que mais assunta é que, muitas pessoas o acusam de racismo, xenofobia, homofobia e o julgam veementemente por isso. Mas o julgamento é chamando todos os eleitores e delegados dos EUA de nomes de baixo calão assim como o próprio futuro presidente e todos aqueles que o apoiam. Assim, a argumentação perde toda a credibilidade, pois para que sejamos respeitados precisamos primeiro respeitar, como podemos acusar alguém de alguma coisa se fazemos o mesmo em uma esfera diferente?
Se o futuro presidente dos EUA for bom ou não para a nação não cabe o julgamento a mim. Não estou apta a emitir uma opinião sobre as tendências do governo, pois não estudei sobre esse assunto. No entanto, quer como seja o governo (que ainda nem começou) o respeito é universal e a educação também. Então, que possamos ser um povo educado para que nossa voz seja ouvida.