Devilda Marmentini Biazoli – A delícia de ser mãe e avó

Devilda Marmentini Biazoli é uma das fundadoras da empresa Biamar e carrega na memória muito do que sua mãe, que há pouco partiu, lhe ensinou. Ela sabe muito bem a delícia que é ser mãe e também curte a emoção der ser avó

Qual a melhor lembrança que tens dos teus pais? 
Foram as pessoas que mais me ensinaram e até hoje me ensinam a ser quem sou, os valores que passei aos meus filhos, o amor, a educação, a fé, a dedicação e o trabalho. Com eles aprendi a nunca desistir dos meus sonhos e ir em busca do meu sustento. Há pouco tempo perdi minha mãe, a maior perda da minha vida, sinto saudades dela todo dia, da presença, da palavra, dos aprendizados. Minha família sempre foi meu maior amor. 

Que característica da tua mãe que tu carregas contigo e aplicas na educação dos teus filhos? 
É uma emoção falar dela, as palavras me fogem e dos olhos escorrem lágrimas. A nona Maria sempre foi uma mulher bonita, trabalhadora, que enfrentou o mundo por amor aos seus. Foi ela que sempre carinhosamente me ensinou o respeito, o carinho, o trabalho, a lutar pelas pessoas. Ela sempre foi uma mulher muito simples e humilde e nunca saía de casa sem uma roupa bonita, o cabelo arrumado e os lábios pintados. Hoje, por ela, não saio sem batom. Se eu for um pouco da mãe, avó e bisavó que ela foi, serei plenamente feliz. 

Em relação aos teus filhos, do que te orgulhas? 
Meus filhos são respeitosos comigo, apoiam minhas ideias, sempre estão ao meu lado, nas horas boas e ruins, são parceiros de trabalho e de vida. Sou tranquila em entregar meu sonho a eles. Às vezes discutimos, mas sempre pelo melhor. 

Qual a diferença entre ser mãe e avó? 
Ser mãe é criar um filho com toda a responsabilidade de fazer com que essa pessoa seja uma pessoa preparada para o mundo, é o maior presente que aconteceu na minha vida. E ser vó? Ah! Ter um neto é um sonho. Com ele eu deito no chão, brinco no pátio, faço comida. Ter um neto é poder aproveitar o cuidado sem tanta preocupação com a educação, é claro que sempre tento impor limites, mas a minha função como vó é amar, participar. Não tive condições de dar aos meus filhos tudo o que eu queria, então para o Lorenzo Giocondo eu dou tudo o que eu acho que devo. 

Como administras a vida familiar e profissional? 
A Biamar sempre foi um desafio, muito se batalhou para chegar até aqui, foram muitos serões, madrugadas, horas e horas trabalhando para conquistar tudo o que temos, mas, com muito trabalho, com muito esforço foi possível. Claro, contando sempre com a tolerância, paciência e amor de todos que sempre estiveram ao meu lado! 

Tempos atrás, a mulher ficava em casa sozinha cuidando dos herdeiros enquanto o homem ia trabalhar fora e buscar o sustento da família. Como foi contigo? 
Quando a Silvia e o Luciano eram pequenos, o meu marido, Segundo, era caminhoneiro, por isso criei eles sozinha, com muitas dificuldades e saudades. Mas era uma alegria a cada fim de semana que o pai chegava,  era um pai amoroso e superpresente. Quando a Suélen nasceu ele já não trabalhava mais na estrada, então ele sempre me ajudava. 

O amor em excesso pode estragar um filho? 
Tudo que é em excesso estraga, até o amor. Temos que dar limites, mostrar os caminhos, reprender quando é necessário. Não pode deixar os filhos em uma redoma de vidro, o mundo aqui fora é muito perigoso e, eles precisam estar preparados para enfrentar tudo o que a vida mostrar. 

Qual foi o momento mais marcante até hoje? 
Os nascimentos dos maiores amores da minha vida, meus filhos e neto. Esses momentos mudaram para sempre a minha vida. Eu não seria nada sem eles!