Marcel Van Hatten usa copos para ilustrar o sistema previdenciário atual e defender a Reforma
Durante a reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) realizada em Brasilia, na terça-feira (16/4), o deputado federal Marcel
Durante a reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) realizada em Brasilia, na terça-feira (16/4), o deputado federal Marcel van Hattem (NOVO-RS) defendeu a Reforma da Previdência de maneira pouco usual, mas bastante ilustrativa: utilizando cinco copos de tamanhos distintos, Marcel demonstrou como o atual sistema previdenciário privilegia os mais ricos em detrimento dos mais pobres. “Quem diz que defende direitos para os mais pobres na realidade quer manter privilégios para os mais ricos”, disse o deputado Marcel.
Utilizando dados da Secretaria da Política Econômica, Marcel posicionou copos lado a lado e indicou como o sistema previdenciário atual reparte a aposentadoria para as diferentes camadas da população. O primeiro e menor copo, de plástico, representou os 20% mais pobres, e o copo maior, de vidro, representou a fatia dos 20% mais ricos.
“Tenho R$100 que representam o total gasto com Previdência no Brasil. Desse total, se a Previdência fosse paga a cinco pessoas que representam cada uma das parcelas de 20% da população, para a segunda [segundo copo do menor para o maior] pessoa é dado R$ 11. A terceira pessoa, que somada a segunda e a quarta representam a média da população, ou 80% dos brasileiros, são pagos R$ 17. A quarta pessoa recebe R$ 28. E os mais ricos recebem um total de R$ 41”, explicou, colocando o valor exato dentro de cada copo.
O menor copo foi deixado propositalmente por último pelo deputado Marcel. “Faltam os mais pobres. Sabe quanto sobra do total de R$ 100, que é a Previdência brasileira, para os mais pobres?” indagou. “Sobra uma nota de R$ 2 e uma moedinha de R$ 1. Essa é a Previdência que o PT, o PSOL e a oposição defendem. É a Previdência que dá R$ 41 para os ricos e R$ 3 para os mais pobres”.
Marcel ainda indicou como são divididos os recursos do governo federal atualmente. Segundo o líder do Partido NOVO, dos R$ 100 totais, R$ 52 vão para a Previdência, R$ 8 para a Saúde e R$ 7 para a Educação. “Este é o sistema desigual que nós estamos enfrentando neste Parlamento. O que sobra, o resto, é apenas R$ 31 para os demais gastos da União. Isso tem que mudar”.
À Comissão de Constituição e Justiça cabe apreciar sobre a constitucionalidade ou não da proposta de Reforma da Previdência enviada ao governo federal ao Poder Legislativo. “Quem não defende a proposta está defendendo os mais ricos e deixando os mais pobres com míseros R$ 3. Não há outra saída e precisamos votar o quanto antes a Reforma da Previdência”, finalizou.