Câmara de Vereadores

Dos três poderes, o legislativo é  um dos mais (senão o mais) criticado pela população em geral. Seja na esfera

Dos três poderes, o legislativo é  um dos mais (senão o mais) criticado pela população em geral. Seja na esfera federal (Congresso: deputados federais e senadores), estadual (Assembléia: deputados estaduais) e municipal  (Câmara: vereadores).

Nossa Câmara, bem como à maioria delas, se ressente da síndrome da falta de presença  de público.

Maior assistência ocorre por ocasião da apreciação de projetos de interesse localizado ou mais polêmicos, de interesse mais geral.

A afluência também  é  significativa por ocasião  das sessões  especiais  em homenagem a pessoas, entidades e datas específicas. 

No mais o público é  reduzido. Porque?

Vários são  os motivos, mas o principal tem sua origem na “maioria” que os prefeitos obtêm ou através  das urnas ou em negociatas “angelicais”.Este fenômeno  ocorre em todo país. 

À situação cabe defender o que o alcaide manda para a CV e à  oposição  resta o “jus sperneandi”. 

Qual o interesse  de assistir uma sessão  onde o resultado já  é  conhecido de antemão?

      Está história  de tentar prender a atenção do público me fez lembrar do meu tempo de estudante. Veja essa estória.
Era o ano de 1969. Colégio  Cristóvão  de Mendoza.  Caxias do Sul. 2o ano Científico. 

Como as aulas de Química eram de difícil compreensão e o professor tinha notórias dificuldades para ministrar a matéria, a algazarra sempre se formava nestas horas. Incentivado por nós o jornalzinho do Grêmio Estudantil “ captou a mensagem “.Num cartoon criativo o desenhista retratou o mestre de ponta cabeça,  apoiado em uma das mãos numa garrafa e com a outra tocava sax.Ainda em um dos pés  tentava equilibrar um livro aberto. Tudo de cabeça  para baixo. A legenda era sugestiva. O mestre dizia : “ Não  sei mais o quê faço para prender a atenção  de meus alunos”.
Qualquer semelhança  não é  mera coincidência. 

Mas existem outros motivos para a falta de publico: discussões  intermináveis,  sessões  especiais com excesso de oradores, apresentação  de projetos inexequíveis,  requerimentos ignorados…Tudo isso gera desgaste. Sem falar no excesso e banalização  de homenagens, muitas vezes escolhidas por critérios  duvidosos.

Fala -se em construir prédio  próprio  para a CV.

Ora, agora que temos um prédio  decente (glórias  à  Gloria), voltar a este assunto que tanto desgaste gerou no passado. Além das dificuldades orçamentárias, mire-se no exemplo dos bancos (agências bancárias) de nossa cidade, que pagam aluguel ao invés de serem donos do imóvel.

É  óbvio  que existem muitos outros motivos.

À título de informação, quero dizer que sou a favor da fidelidade partidária,  sempre. É que ao menos dos anos 70 para cá,  todos os prefeitos de nossa cidade sempre governaram com maioria.

É o governador que governou com ampla minoria foi o Galo Missioneiro, Olívio Dutra.