“Nos 150 Anos da Imigração, um esforço para salvar a Língua Talian”

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Sergio Chesini – Prefeito de Garibaldi e presidente da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste – Amesne

Podermos estar comemorando os 150 anos de imigração italiana na Serra Gaúcha é um motivo de alegria para a toda a população e um privilégio para quem está conduzindo os governos municipais. O essencial neste momento é prestarmos nossa homenagem aos milhares de colonos imigrantes que enfrentaram o desafio de habitar no meio da mata e com o seu trabalho, sua fé e suas famílias construíram o capital humano, cultural, social e econômico que estamos vivendo hoje.

Ao mesmo tempo é uma responsabilidade, pois precisamos ser eficientes para contribuirmos positivamente para a continuidade da construção deste sonho aqui plantado pelos imigrantes e que deve ter como centro a busca de uma vida melhor para todos os que habitem aqui hoje e para as gerações futuras.

Dentro deste contexto e neste dia, me permito chamar a atenção para um projeto que está sendo realizado neste ano, idealizado por lideranças culturais, encampado pelo Amesne e que conta com o apoio fundamental da Universidade de Caxias do Sul – UCS e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan. Me refiro ao projeto “Nos 150 Anos da Imigração, um esforço para salvar a Língua Talian”.

Todos os municípios, cada um em grau diferente e dentro de suas realidades, tem ações de preservação, de cultura, de turismo e de convívio social fundadas nesta nossa identidade regional, expressada principalmente na gastronomia, no artesanato, nos jogos e na linguagem.

O que o projeto propõe é fazermos em cada município um Grupo de Trabalho para juntarmos todas estas experiências, discutir e alinhavar propostas e necessidades para sua continuidade e avanços, e no caso da Língua Talian, inverter a sua tendência de desaparecimento. Compartilhar os trabalhos destes grupos, no mês de setembro, será a oportunidade de alinhavarmos juntos novos passos e organizar uma pauta de necessidades comuns.

Quem sabe estejamos nós realizando com isso uma ação estruturante e que sirva para nos realimentar na condução das nossas políticas. Poderá ser a nossa grande contribuição para esta história, no marco dos 150 anos.

Avanti sempre!