Sextilho da Vereança – Juliano Baumgartem
Jornal O Farroupilha está realizando a publicação de uma série de entrevistas rápidas com os vereadores do município.

Juliano Luiz Baumgartem, que se apresentou aos eleitores como Professor Juliano Baugartem, por ser esta a sua atividade profissional, conquistou seu segundo mandato na Câmara de Vereadores de Farroupilha em outubro passado concorrendo pelo Partido Socialista Brasileiro, quando conquistou 760 votos. Aos 34 anos – completará 35 no dia 21 de maio próximo, o namorado da Caroline é graduado em Licenciatura em História, Licenciatura em Sociologia, pós-graduado em Ensino de Sociologia, MBA em Políticas Públicas Municipais e pós-graduado em Administração de Pessoas.
A entrevista
– Por que ser vereador de Farroupilha?
Para contribuir com o desenvolvimento da cidade, inicio representando-a. Em seguida, questiono, sugiro, opino, cobro e incentivo ações, sempre atuando como porta-voz da comunidade farroupilhense. Tenho muito orgulho de ser vereador de Farroupilha. Nasci, cresci e construí minha vida aqui. Por que não utilizar a política como ferramenta para tornar nossa cidade ainda melhor?
– Qual seu primeiro projeto para esta Legislatura?
Em conjunto com meu colega, o vereador e advogado Roque Severgnini, apresentamos um projeto para regulamentar o uso de celulares em sala de aula. No entanto, com a sanção da lei federal pelo presidente Lula, optamos por retirar o projeto. Ainda assim, minha pauta continua focada na luta pela implantação da Universidade Federal na Serra Gaúcha, no incentivo ao empreendedorismo criativo, na atenção especial à educação e na promoção da cultura em nossa cidade
– Como o senhor vê o município atualmente, fazendo uma análise ampla e geral?
O município cresceu e se desenvolveu, resultado do esforço de várias gestões e claro, do trabalho da nossa população. No entanto, é necessário refletir e promover um debate público sobre o futuro de nossa cidade. Algumas perguntas precisam ser feitas: queremos um crescimento populacional acelerado ou priorizamos mais qualidade de vida? Temos estrutura para sustentar esse crescimento? É fundamental discutir os rumos de Farroupilha e planejar com responsabilidade o seu futuro. Destaco que Farroupilha é uma cidade de muito trabalho, mas ainda carece de mais investimento em cultura. Precisamos de ações mais efetivas, começando pelo poder público, que deve investir mais na área, além de fomentar o diálogo com a iniciativa privada. É essencial que vivamos mais Farroupilha, preservando e valorizando nosso patrimônio cultural, para não continuarmos perdendo nossa história e memória. Já mencionei isso em meu discurso de posse: nossa legislação sobre patrimônio cultural está defasada há mais de 30 anos e precisa ser revisada com urgência. Também temos muito a evoluir no turismo, mas é essencial fazermos uma reflexão: qual é a nossa identidade? Definir essa identidade será crucial para fortalecer nosso potencial turístico. Outro ponto importante é a necessidade constante de atenção à zeladoria da cidade, desde pequenos reparos até obras de grande porte, garantindo qualidade de vida e um ambiente acolhedor tanto para moradores quanto para visitantes.
– Qual o maior problema que o município enfrenta, na sua opinião, e como resolver?
Para mim, o problema mais crônico da cidade é a falta de moradia popular. O custo da esfera imobiliária em Farroupilha é muito elevado, e a carência de habitação tem sido um dos fatores que contribuem para as invasões. Resolver essa questão é um desafio complexo, que exige diálogo entre os poderes e a construção de um projeto habitacional robusto, com recursos de todas as esferas governamentais. O município precisa destinar mais áreas para habitação popular. Por que não buscar parcerias com cooperativas habitacionais e abrir o diálogo para encontrar soluções viáveis?
– Qual a avaliação que o senhor faz do governo que passou, do ex-prefeito Fabiano Feltrin?
O governo alcançou êxito em muitas questões, mas a soberba e a arrogância por parte do x[1]prefeito prevaleceram. Minha expectativa era muito positiva, mas desmoronou em menos de três meses. A queda de braço desnecessária com a oposição na Câmara e a falta de respeito marcaram seu governo. Acreditei que a área cultural iria evoluir, incluindo ações voltadas ao entretenimento em parceria com a iniciativa privada, mas isso ficou apenas na minha crença. Poderia ter sido muito melhor!
– Qual a sua expectativa em relação ao governo que está iniciando, do prefeito Jonas Tomazini?
Acredito que será uma gestão pautada no diálogo e no respeito. Inclusive, durante sua atuação como vice-prefeito, Jonas sempre me atendeu de forma republicana e deu encaminhamento às demandas da população que levei até ele. Os recursos que busquei na legislatura passada foram discutidos com ele e saíram do papel, como a revitalização da Praça do Nova Vicenza e a reforma do Skate Park. Agora, na condição de prefeito, espero que ele adote sugestões que encaminhamos, pois todas elas fazem parte legítima de um representante da comunidade eleito pelo voto.
Atenção
- Todos os vereadores de Farroupilha receberam este mesmo questionário para ser respondido. As publicações serão feitas conforme a ordem de recebimento das respostas encaminhadas pelos parlamentares.
- Já foram publicadas entrevistas com os vereadores Darlan de Jesus, Argídio Schmitz e Roque Severgnini.




