75% dos portadores de Alzheimer desconhecem os sintomas da doença
Na última sexta-feira, 21, foi celebrado o Dia do Alzheimer e a data alerta para os sintomas e problemas advindos
Na última sexta-feira, 21, foi celebrado o Dia do Alzheimer e a data alerta para os sintomas e problemas advindos da doença. Embora vista como natural e resultado do envelhecimento, a perda de memória após os 65 anos de idade deve ser levada a sério, pois pode ser um dos primeiros sinais da Doença de Alzheimer, o tipo mais comum de demência, que afeta 36 milhões de pessoas no mundo e cerca de 1,5 milhão de pessoas no Brasil.
Doença progressiva e degenerativa, o Alzheimer é causado pela deterioração das células do cérebro (neurônios), representa de 50 a 70% das demências. Ela se manifesta, primeiramente, na memória recente, aquela que armazena as informações mais novas. Na evolução, pode acometer a linguagem, a habilidade de encontrar palavras, dar nome a objetos, lembrar-se de nome de parentes. O diagnóstico precoce, aliado ao tratamento medicamentoso e às terapias de apoio, é fundamental, não só para melhorar a qualidade de vida do paciente e do cuidador, como para diminuir a velocidade de progressão da doença, que ainda não tem cura, mas pode ser controlada, explica o médico psiquiatra Tíbor Riho Perroco.
“É importante que os cuidadores procurem médicos especialistas, como neurologistas, psiquiatras e geriatras, para realizarem o diagnóstico da doença de Alzheimer, assim que aparecerem os primeiros sintomas. Quanto mais precoce for o diagnóstico, melhor será a resposta aos medicamentos, logo mais lenta será a evolução da doença. Infelizmente isso não é uma realidade em nosso país, os familiares demoram a procurar um médico, achando que os esquecimentos são da idade, ou quando procuram os médicos não estão preparados para fazer um diagnóstico precoce, esclarece ele.