Fundo presidido pelo MP destina recursos para aquisição de 10 leitos de UTI para Hospital São Carlos, de Farroupilha

O Conselho Gestor do Fundo para Reconstituição de Bens Lesados (FRBL), presidido pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul

O Conselho Gestor do Fundo para Reconstituição de Bens Lesados (FRBL), presidido pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), aprovou na última terça-feira, 31 de março, a liberação de R$ 4,950 milhões para a aquisição de equipamentos para viabilizar a montagem de 30 leitos de UTI completos, para usuários do SUS, sendo 10 para o Hospital São Carlos, de Farroupilha. Os outros leitos serão instalados na Santa Casa de Uruguaiana (10 leitos), Hospital de Caridade Nossa Sra. Auxiliadora de Rosário do Sul (5 leitos) e Associação Hospitalar de Santo Ângelo (5 leitos).

O Conselho de Administração do FRBL é composto por representantes do MPRS, além de órgãos públicos estaduais e organizações da sociedade civil. O presidente do Conselho, o subprocurador-geral de Justiça de Gestão Estratégica, Sérgio Hiane Harris, afirma que o destino dos recursos, oriundos da atuação dos promotores de Justiça de todo o Estado, foi definido pela Secretaria Estadual da Saúde, por meio de um projeto solicitado pelos representantes do Fundo, assim que foram identificados os primeiros casos de Covid-19 no RS. “Nossa exigência era que fossem privilegiadas regiões do Interior do Estado”, salienta. Harris destaca ainda que os equipamentos permanecerão nos hospitais, para os usuários do SUS, após a pandemia provocada pelo coronavírus.

O promotor de Justiça de Farroupilha Ronaldo Lara Resende, diz que a verba, no total de R$ 1,7 milhão, já liberada do FRBL, é muito importante na medida em que o município conta com apenas um hospital, que tem 10 leitos de UTI. “Vamos dobrar a capacidade de atendimento para as pessoas que possivelmente venham a se contaminar e apresentar um quadro grave, necessitando de internação em uma UTI”, observa. O promotor ressalta ainda que a iniciativa evitará, inclusive, a sobrecarga dos demais hospitais da região, no caso de Farroupilha não oferecer um atendimento satisfatório e essas pessoas terem que procurar outros municípios, que já podem estar com o sistema de saúde em colapso.