O trabalho do fisioterapeuta na inclusão escolar

Incluir crianças com algum grau de comprometimento motor e cognitivo é um dever, que ao ser enfrentado pela escola provoca melhoria da qualidade da educação

Durante as últimas décadas, muito vem se discutindo sobre a inclusão de crianças com algum grau de comprometimento motor e cognitivo em escolas regulares. Para essas crianças, o início da escola abre um mundo totalmente novo, onde o processo de adaptação e desenvolvimento são muito marcantes.

Enquanto a educação é um direito, a inclusão é um dever, que ao ser devidamente enfrentado pela escola comum, provoca a melhoria da qualidade da educação, garantindo o relacionamento dos alunos com pessoas da mesma idade cronológica e estimulando todo o tipo de interação que possa beneficiar seu desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo .

A Lei nº 9.394/96, define que a educação é direito de todos e as pessoas com necessidades educacionais especiais devem ter atendimento educacional preferencialmente na rede regular de ensino, mas para que isso possa ocorrer, cabe às escolas se adaptarem para suprir as necessidades de cada aluno.

Entretanto, para isso, é necessário dentro das escolas o trabalho de uma equipe interdisciplinar, aonde diferentes profissionais trabalham juntos, mantendo atuações específicas, com trocas de informações para melhor atender o aluno.

Um dos membros valiosos dessa equipe é o fisioterapeuta, que através de técnicas especiais e dos mobiliários pode contribuir para criar condições para uma melhor adaptação, atuação e oportunidades para esses alunos em termos do desenvolvimento de suas capacidades, favorecendo assim a troca de experiências com o meio.
Esse profissional deve ser capaz não apenas de avaliar precisamente a criança, mas também desenvolver, programar, modificar, dividir de modo inovador com os pais e outros profissionais, um plano de intervenção cuidadosa. Devendo também ajudar o professor a entender o impacto da função sensório-motora anormal no ganho dos processos cognitivos, facilitando assim as conquistas dos objetivos da criança e reduzindo a frustração do educador, que muitas vezes não consegue sozinho ajudar o aluno.

Portanto, incluir não é só colocar crianças nas salas de aula, é fazer o outro se sentir incluído, é saber valer seus direitos cumpridos, seus deveres. É olhar para os detalhes, possibilitar, juntar-se a outros e é também excluir os preconceitos da vida.