“Pretendemos reforçar todas as ações de polícia ostensiva e nos colocamos abertos para ouvir a todos”
Tenente-Coronel Cristine Rasbold assumiu o comando 36º Batalhão de Polícia Militar, em Farroupilha
A Tenente-Coronel Cristine Rasbold assumiu oficialmente na última semana o comando do 36º Batalhão de Polícia Militar, em Farroupilha. Cristine Rasbold tem 53 anos e, embora seja filha de gaúchos, nasceu em Curitiba (PR). Minha família voltou para Porto Alegre quando eu tinha 10 anos, explica.
Cristine ingressou na Brigada Militar no dia 17 de fevereiro de 1986 e é integrante da primeira turma de Oficiais, que foi o primeiro grupamento feminino da BM. No mesmo ano, em julho e em setembro, também ingressaram respectivamente as primeiras turmas de mulheres Sargentos e Soldados. Quando nos formamos, após a conclusão do curso de preparação para a carreira de policial militar, demos origem a 1ª Companhia de Polícia Militar Feminina, embrião de toda a história e trajetória da mulher na Corporação, conta.
A nova comandante da Brigada Militar em Farroupilha enxerga a atual situação da segurança pública no Estado e no município com muita atenção e responsabilidade. Alguns índices de criminalidade crescem em razão de diversos fatores: desemprego, sensação de impunidade e drogadição, entre outros. No entanto, a BM é uma das instituições mais próximas da comunidade, recebendo diariamente – seja através do 190 ou do contato direto com o batalhão, incluindo reuniões com lideranças comunitárias e outros órgãos ou poderes – todas as manifestações que são trazidas até nós, e buscamos bem atender a todos.
Para ela, os principais desafios da Brigada Militar hoje são preservar e manter a segurança pública 24 horas por dia, mesmo com todos os reveses que o Estado e o País vêm enfrentando. E para isso, o apoio e a proximidade com a comunidade são essenciais.
Em relação a ações ostensivas, Cristine afirma que todas elas são importantes, desde o patrulhamento comunitário até as de caráter repressivo, pois todas buscam a preservação da ordem pública e bem atender os interesses da coletividade.
Quando questionada sobre a atual relação da BM com o Poder Público Municipal e a comunidade em geral (empresários e parcerias público-privadas), a comandante volta a enfatizar que a segurança pública inclui um somatório de ações que envolvem a responsabilidade e o zelo que a instituição possui com o principal objetivo do seu trabalho, que é bem atender a população, bem como todas as ações de outros órgãos ou poderes, que começam com atitudes preventivas, desde investimentos na iluminação e saneamento público, mobilidade urbana, investimentos em educação, saúde e segurança pública (qualificação dos recursos humanos e meios), questões voltadas à drogadição (ilícitas e lícitas), empregabilidade da população, reforma penal (leis que afastem a impunidade), ressocialização do sistema prisional e construção de presídios, entre outros tantos aspectos.
E também o envolvimento dos cidadãos, pois segurança pública, conforme preceito constitucional, é direito e responsabilidade de todos. Portanto, sob um prisma, todos nós devemos e podemos, desde os pequenos gestos, evitarmos os pequenos delitos cotidianos, como respeitar o sossego alheio, evitar furar uma fila, não ultrapassar o sinal vermelho, não beber e dirigir, respeitar as faixas de segurança no trânsito, denunciarmos atos ilícitos, enfim, exercitarmos a cidadania em sua plenitude. Penso que todo este contexto nos fará esperar por melhorias na segurança pública, fortalecendo ainda mais a relação da BM com outros órgãos e a comunidade conclui.