Quando o coração do Estado parou de bater

Incêndio deixa 235 vítimas e centenas de jovens internados em estado grave

O que era para ser uma diversão virou uma das maiores tragédias do país. O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, na madrugada do último domingo (27) vitimou 235 jovens, entre eles, o farroupilhense Ricardo Custódio, 27 anos, formado em Administração de Empresas. Ele era um dos cinco amigos que deixaram Farroupilha na sexta-feira (25) em rumo a Santa Maria.

No velório, realizado na segunda-feira (28) o sentimento não poderia ser outro se não de muita tristeza. A capela 1 do Memorial São José ficou repleta de familiares, amigos e colegas de trabalho que, incrédulos ao acontecimento, sofriam com a despedida. Com o desejo já revelado à mãe, Ricardo foi cremado ao final do dia, em Caxias do Sul, após liberação concedida pela Defensoria Pública à família.

Ricardo trabalhava na Grendene e era muito querido pelos colegas. Ele era uma pessoa sensacional, sempre trabalhava com alegria, era dedicado, não tinha tempo ruim. Era um parceiro, além de colega, do profissionalismo que ele tinha, ele era um grande amigo. Ele era o brilho do time. E esse brilho vai durar pra sempre, disse emocionada, a colega de trabalho, Caroline Albé, 30 anos. Ele era uma pessoa muito boa. Internamente, nós o chamávamos de ‘brother’, de tão legal que ele era, enfatizou.

O chefe do departamento onde Ricardo trabalhava, Luiz Antônio Moroni, diz que o fato é lamentável. É um tipo de absurdo que em pleno século 21 não se pode admitir, criticou. Era um rapaz muito dedicado, espontâneo e inteligente. Eu gostava muito dele. Profissionalmente ele era espetacular, e pessoalmente, também, observou. Moroni explica que Ricardo havia saído da empresa, mas, há alguns meses, havia retornado e estava feliz com o trabalho que estava fazendo. Ele tinha se encontrado na Grendene, completou.

A matéria completa você confere na edição impressa desta sexta-feira.