Moradores e lideranças se unem por uma Rota do Sol mais segura

Mobilização em torno da ERS-453 (trecho de Farroupilha a Garibaldi) envolve moradores, trabalhadores de empresas que ficam às margens da rodovia, lideranças comunitárias e políticas

Silvestre Santos
silvestre@ofarroupilha.com.br

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Segurança! Esta é a palavra de ordem de um movimento comunitário que encaminhou na manhã desta quinta-feira, 13 de junho, uma série de reivindicações à concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG) que administra rodovias na Serra e Vale do Caí. Os pedidos apresentados por vereadores e secretários municipais, além de representantes de empresários e moradores, referem-se às obras de duplicação da ERS-453, a Rota do Sol, entre Farroupilha e Garibaldi.

O documento foi recebido pelo diretor-presidente da CSG, Ricardo Peres. O projeto da duplicação ainda está em fase de elaboração, segundo Peres informou ao grupo que esteve no posto da empresa nesta quinta, em Farroupilha. “Ele elogiou a nossa organização, disse que vai avaliar o que está sendo pedido e o que pode ser contemplado. Tão logo seja possível o presidente ficou de nos dar um retorno”, disse o vereador Roque Severgnini. Segundo ele, foi uma reunião bastante positiva e que serviu para o grupo apresentar suas preocupações.

O movimento em torno da segurança no trecho da Rota do Sol teve sua primeira reunião no mês de abril, de acordo com Gilberto do Amarante, também vereador e uma das lideranças do grupo. O documento encaminhado foi assinado por todos os 15 vereadores do Legislativo de Farroupilha, e tem o respaldo, também, do Executivo, liderado pelo prefeito Fabiano Feltrin.

As reivindicações contemplam passarelas, rótulas, passagens subterrâneas e acessos mais amplos, aumentando a segurança de pedestres e motoristas que utilizam a rodovia e reduzindo as distâncias a serem percorridas quando for necessário fazer o retorno para se deslocar na direção de Bento Gonçalves ou Caxias do Sul. Somente as linhas Alencastro e Rio Burati possuem cerca de 1.400 moradores, têm 55 empreendimentos e escoam mais de 1.800 toneladas de uvas, além da produção da pecuária leiteira e de grãos, como milho.

Da esquerda para a direita: José Taffarel, Fernando Dal Ponte, Flavio Zan, Itacir Damiani, Mikael Campeol, Márcio Ferrari, Roque Severgnini, Ricardo Peres, Juliano Baumgartner, Gilberto do Amarante, Jorge Censi, Volnei Arsego, Natália Tafarel, Glória Razzera, Dilço do Amaral e Thiago Galvan. Foto: Gabriel Venzon/CMV

“Não queremos que o percurso das pessoas, de carro ou com veículos de transporte, aumente oito ou nove quilômetros”, disse Gilberto do Amarante. Ele explicou que, pelo planejamento divulgado até agora pela CSG, quem sai da Linha Alencastro para ir à cidade, em Farroupilha, vai ter que ir no Buratti para fazer o retorno na Linha Razzera. E quem sai do Buratti para ir em direção a Bento, vai ter que ir no trevo São Marcos para fazer o retorno. “É uma questão que envolve segurança, redução do tempo e economia de combustível”, completou Amarante.

Principais reivindicações encaminhadas à CSG

  • Acessos amplos às comunidades que ficam às margens da rodovia, bem como aos estabelecimentos comerciais e empresas industriais.
  • Passarela no trevo de acesso à Vila Razzera, contemplada no plano inicial apresentado pela CSG e que não consta em recente video sobre as obras a serem realizadas, que teria sido divulgado pela concessionária.
  • Instalação de alças de acesso mais amplas, para facilitar o ingresso de veículos longos à comunidade da Linha Buratti.
  • Implantação de passagem subterrânea, ou rótula, na comunidade Linha Alencastro, facilitando a ligação entre estabelecimentos comerciais e a unidade de saúde existente no local. A providência também contemplaria trabalhadores das empresas ou moradores da Linha Buratti, Vila Razzera e Bairro Nossa Senhora de Fátima, encurtando o deslocamento para retorno, sempre que necessário.
  • O grupo também alertou para a existência de redes de abastecimento de água potável às comunidades ao longo da rodovia, algumas delas, inclusive, cruzando a estrada. Neste sentido sugeriram que sejam feitas reuniões com os moradores para identificar a localização destas redes evitando problemas dura nte as futuras obras.

Importante

O documento foi elaborado com a participação da Associação Comunitária dos Moradores de Alencastro, Comunidade Igreja Santo Inácio, Associação Comunitária da Água Potável Vila Razzera, Comunidade São Gabriel das Dores – Rio Buratti, Câmara de Vereadores e Prefeitura Municipal, com assessoramento técnico do arquiteto e urbanista Mikael Campeol.

Acessos às comunidades da Vila Razzera, Santo Inácio e Linha Alencastro, com rótulas, passarelas ou passagens subterrâneas, para melhorar a segurança. Fotos: Silvestre Santos