O que é forte permanece

Começa a 24ª Fenakiwi com a tradição do pioneirismo mostrando sua força e atraindo visitantes ao município

Os anos passam, as pessoas mudam, mas aquilo que tem força permanece, ainda que em algum momento acabe ficando em segundo plano. A abertura da 24ª. Fenakiwi e 2ª. Expo Farroupilha, com os pronunciamentos e com a presença de Nelma Bergamo Picolli, senhora que participou de todas as edições, mostrou a todos a força da tradição e o quanto ela é levada a sério em nosso município.

O kiwi volta a brilhar associando seu aroma à cidade, uma produtora nacional da fruta.

Como tradição é sinônimo de continuidade e permanência, a Fenakiwi está de volta, prometendo ser uma grande e inesquecível festa.

FOTO: Ari Júnior

Começou! Este é o primeiro fim de semana de atração com a realização da 24ª Fenakiwi e 2ª Expo Farroupilha, que volta a brilhar no calendário de inverno do Estado. A fruta sobre a qual são direcionados os holofotes, assume novamente seu papel principal trazendo o resgate de tudo o que foi conquistado pelo município com o seu nome – algo que cai bem ao gosto dos farroupilhenses – e espalhando o verde, cor da polpa de uma das variedades e também da esperança que possibilitou a resiliência a todos nós depois dos duros tempos de pandemia vividos.
Se as cidades vizinhas, com seus atrativos, estão recebendo visitantes pela época do ano, Farroupilha também entra no jogo, apresentando sua grande cartada com a Fenakiwi.
A abertura do grande evento aconteceu neste 7 de julho e os próximos fins de semana ofertarão entretenimento, gastronomia, compras e negócios. Falando em negócios, desde o início do ano a administração municipal tem buscado estreitar laços com produtores internacionais de kiwi, visando possíveis parcerias de comercialização e troca de experiências profissionais sobre técnicas de plantio e novas variedades.
O presidente da Fenakiwi, Gervásio Silvestrin, disse há poucos dias, em uma entrevista para rádio local: “Eu acredito que teremos a maior de todas as festas”. Novidades para isso não faltam, como o bar suspenso por um guindaste a uma altura de 40 metros, com open bar e capacidade limitada ao público pagante e as sete toneladas de kiwi, de duas variedades produzidas em Farroupilha, para a degustação dos visitantes. Até um Seminário Nacional do Kiwizeiro, o 6º, será realizado na sexta-feira, 08 de julho, no auditório da Universidade de Caxias do Sul (Rodovia dos Romeiros, 567 – Farroupilha), onde serão discutidas ações e alternativas para a produção do kiwi.
Há alguns anos, a produção vem sendo retomada e dados do Escritório Municipal da Emater de Farroupilha apontam que hoje o município possui aproximadamente 60 hectares de área plantada de kiwi, produzindo uma média de 25 toneladas por hectare (safra de 2021) e cerca de 50 famílias envolvidas na produção. A produção, segundo Silvestrin, exige do agricultor investimento alto na estrutura para o plantio, irrigação, cobertura de tela para a proteção do vento e de granizo, porém, este custo é compensado pelas vantagens de ser uma cultura menos exigente e muito rentável.
O kiwi está voltando a ocupar um lugar de destaque na economia do município e esta edição da grande festa quer mostrar isso. Com grandes estruturas montadas, os pavilhões do Parque Cinquentenário estão abertos para receberem os visitantes, que serão recepcionados pelas soberanas de Farroupilha, as queridas Laura Verona Bet e as princesas Ana Paula Casa e Millena Dossin Broilo.
O perfume que invade o ar de Farroupilha é o de kiwi para resgatar a tradição que também atribui fama ao município.

FOTO: Ari Júnior