Obra inédita de Oscar Bertholdo abrilhanta Feira do Livro

“Montanhas Azuis” foi organizado pela sobrinha Tânia e será entregue aos vencedores adultos da categoria poesia do Concurso Regional de Contos, Crônicas e Poesias

Entre as emoções inéditas da Feira do Livro, acontece nesta sexta-feira, 10 de novembro, o lançamento da obra póstuma do poeta que batiza o Concurso Regional de Contos, Crônicas e Poesias: “Montanhas Azuis”, organizado pela sobrinha de Bertholdo, Tânia.
Filha de Ulisses, irmão de Oscar Bertholdo, a professora no Instituto Federal do RS campus Farroupilha, conta detalhes do lançamento do livro. “Quando do falecimento do Oscar descobrimos que havia muitos inéditos, a espera de publicação. No formal de partilha, esses inéditos foram divididos entre os cinco herdeiros: a família do meu pai, a família da irmã Lurdes Cavalli, a família do falecido irmão Walter, a família da falecida irmã Lídia e a irmã Adelaide. Sobre a mesa dele à época da morte estava o original do livro intitulado ´Bocca Chiusa´, que ficou para a irmã Lurdes, que o publicou. Em seguida, meu pai decidiu publicar um inédito que ficou para ele, ´O Fazedor de Lonjuras´. Por vontade da minha mãe, ela decidiu publicar outro este ano – dentre os inéditos em posse do meu pai Ulysses, o livro de poemas ´Montanhas Azuis´, que estava quase pronto, inclusive com prefácio do professor Jayme Paviani e o desenho da capa escolhida pelo próprio Oscar. Assim, decidimos publicar esse pequeno livro como forma de homenageá-lo. Serão 100 cópias apenas, e não serão vendidas; serão doadas para bibliotecas da nossa região. E como forma de valorizar a poesia, decidimos premiar com um exemplar os vencedores adultos da categoria do concurso literário que leva seu nome, aqui em Farroupilha”, esmiúça a professora.
A própria Tânia fará a entrega da obra aos ganhadores da categoria poesia do concurso.


“Admiro muito a capacidade criativa do Oscar, ele produzia muito e intensamente! O mínimo que podemos fazer em sua homenagem é publicar e divulgar essas escritas. Lamento que os demais herdeiros não publiquem os seus originais, mas tenho a esperança de que, com tantos editais voltados à cultura, possamos ter recursos que contemplem a publicação de mais obras, não só do Oscar, mas também de tanta gente que escreve – e escreve bem – mas não tem recursos para publicar suas próprias edições. Agradeço demais a boa vontade de meus pais em patrocinar os inéditos e não deixar no esquecimento tanta preciosidade poética”, finaliza.